Heitor Paviani, 71, aplicava golpes há dez anos e tinha 29 mandados de prisão em seu nome
A Polícia Federal prendeu no domingo, em Santo André, o chefe de uma organização criminosa especializada em aplicar fraudes em benefícios previdenciários, Heitor Valter Paviani Júnior, 71 anos, agia desde 2002 e gerou prejuízo aos cofres públicos de cerca de R$ 7 milhões. O acusado residia no bairro Campestre.
O esquema da quadrilha, que possuía escritório na região, se baseava na inserção de períodos de trabalho na CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social) a fim de qualificar o interessado como segurado junto ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), visando obter a aposentadoria por tempo de serviço.
Para isso, o mentor, que contava com o auxílio de seu filho Valter Paviani Júnior, 39, para a prática criminosa, utilizava dados de empresas extintas (algumas com atividades encerradas há mais de 20 anos) para criar o registro falso na carteira do trabalhador.
As investigações constataram que o chefe da organização criminosa ludibriava pessoas de idade avançada e de pouca escolaridade, afirmando ser viável a aposentadoria. O acusado possuía 29 mandados de prisão em seu nome, era investigado por 86 inquéritos e constava na lista dos 25 mais procurados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo.
O trabalho investigativo sobre a atuação delituosa teve início quando diversos benefícios previdenciários foram suspensos pelo INSS, sob o argumento de que os registros apresentados nas carteiras de trabalho não correspondiam à realidade.
A fim de comprovar as validades dos vínculos, alguns beneficiários foram solicitados a comparecer ao instituto para confirmar os períodos de trabalho e empresas registradas, quando declaravam desconhecer o vínculo empregatício.
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