Esportes Titulo Na Alemanha
Tricolor aguenta a
pressão e perde de pouco

Time é derrotado por 2 a 0 pelo Bayern, que
ainda desperdiçou inúmeras chances de gols

Por Thiago Postigo Silva
Do Diário do Grande ABC
01/08/2013 | 07:00
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Da AE


Eram oito minutos de jogo no Allianz Parque, em Munique. Aloísio dominou a bola no peito na intermediária do campo de ataque e arriscou, mas o goleiro Neuer fez a defesa fácil em dois tempos. Essa seria a única chance de um São Paulo, com perfil de time pequeno, na derrota por 2 a 0 para Bayern, ontem, pela semifinal na Copa Audi.

Agora, a equipe bávara encara hoje (15h30) o Manchester City, que havia vencido o Milan por 5 a 3, pouco antes. Já o São Paulo pega os italianos, às 13h15, na briga pelo terceiro lugar. Ambos os jogos (com transmissão do SporTV) são no Allianz Arena.

Apesar do placar de dois gols, o duelo refletiu a realidade distante dos times. De um lado, o atual campeão da Liga dos Campeões da Europa, que desperdiçou incontáveis oportunidades e fez a partida parecer jogo treino.

Já pelo lado tricolor, que sofre má fase interminável no Brasileiro, Paulo Autuori escalou equipe extremamente defensiva, com Jadson e Osvaldo ajudando na marcação. Não tomou uma goleada humilhante graças às defesas de Rogério Ceni e à má pontaria dos alemães, que ainda estão em ritmo de férias.

O início da partida demonstrou o domínio de bola dos donos da casa, típico de do técnico Josep Guardiola, que escalou a equipe no 4-2-3-1, mas que virava 4-3-3 quando atacava, já que Robben e Ribéry abusavam da velocidade e ficavam na mesma linha de Pizarro.

No entanto, o sistema defensivo são-paulino parecia funcionar, já que o Bayern de Munique não conseguia chegar com eficiência ao gol de Rogério Ceni.

A primeira oportunidade foi em cobrança de falta de Robben, que o goleiro espalmou. Ele teve outra chance, após cobrança de escanteio, mas mandou para fora.

Depois, foi massacre dos europeus. Aos 37 minutos, Ceni cobrou falta errada e armou o contragolpe adversário, que terminou em chute de Pizarro. Tolói salvou em cima da linha.

No minuto seguinte, Ribéry avançou ao ataque e tocou para Alaba, que, sozinho, parou em Rogério Ceni.
Aos 40, Ribéry, Pizarro e Robben fizeram boa jogada, com conclusão em chute cruzado do holandês, mas o goleiro tricolor defendeu.

Dois minutos depois, Robben teve outra chance e, sozinho, tentou encobrir Rogério Ceni, mas errou o alvo.
O São Paulo teve 15 minutos para descansar da pressão, que não diminuiu na etapa final. A diferença foram os gols.

Aos nove minutos, Robben cruzou da esquerda, Edson Silva desviou e a bola sobrou para Mandzukic mandar à rede. O segundo quase saiu aos 19. Thomas Muller e Alaba fazem bela jogada, mas Rogério Ceni interviu no passe do meia. Foi então que começaram as mudanças – eram permitidas até 11 por equipe –, mas o Bayern continuou mandando no confronto. Aos 31 minutos, Mandzukic lançou Shaqiri, que cruzou Weiser tocar por cima do gol.

Com pleno domínio no meio campo, os alemães ampliaram o placar. Aos 40 minutos, Shaqiri iniciou contra-ataque e bateu da entrada da área. A bola carimbou a trave e sobrou para Weiser, que só teve o trabalho de desviar de Rogério Ceni, que ainda escorregou no lance.

No minuto seguinte, o São Paulo teve a grande oportunidade de diminuir e com a principal estrela, em pênalti. Rogério Ceni cobrou no canto esquerdo de Neuer, que acertou o lado e defendeu, para estragar o que seria o único alento tricolor.

Paulo Autuori culpa desgaste físico

O técnico Paulo Autuori culpou o cansaço para a derrota de ontem. O Tricolor atuou domingo contra o Corinthians e no dia seguinte já viajou à Europa.

“Não posso exigir nada mais que isso em termos físicos. Já esperávamos. Obviamente, o adversário se impôs. Tivemos dificuldades nisso”, destacou o comandante tricolor.

Ele aproveitou para elogiar a performance do rival. “Gostaria de parabenizar o adversário. Sabíamos que seria difícil fisicamente. Até os 15 minutos do primeiro tempo, as dificuldades foram maiores, até nos soltarmos um pouco. O adversário jogou dentro do nosso campo e não conseguimos sair com velocidade para usar os espaços”, explicou o treinador.

Paulo Autuori ainda demonstrou preocupação com o zagueiro Paulo Miranda, que foi substituído logo aos dez minutos de partida. Ele sentiu lesão na coxa esquerda, mas ainda será avaliado para saber a gravidade da contusão. 

“Estávamos cientes de que isso poderia acontecer, pelo nível de exigência da viagem. Vamos tentar minimizar”, finalizou.

HOMENAGEM

O lateral-direito Douglas foi homenageado antes da partida. O perfil Dark Fabuloso (@DarkFabulosomandou mensagem via Twitter marcando a hashtag #HelloAudiCup – as frases apareceram nos painéis do estádio. Porém, escreveu: “Ei, Douglas, vai tomar no c...”.

A mensagem apareceu nos painéis sem restrições. (das Agências)

Juvenal Juvêncio confirma que vai negociar Lúcio

Fora da excursão do São Paulo ao Exterior, o zagueiro Lúcio não vai mais vestir a camisa tricolor. O presidente Juvenal Juvêncio confirmou em entrevista ao jornal Lance que negociará ou rescindirá o contrato do atleta de 35 anos.

“Não sou diplomático nas minhas respostas. Nunca fui e nunca serei. Nós vamos fazer acordo com o Lúcio, vamos negociá-lo. Ele teve um probleminha com o técnico, e a partir daí vamos aproveitar depois desta semana para ter esta conversa. Tivemos algumas sondagens, agora vamos ver se isso é factível”, explicou o mandatário. “Como acontece em todas as instituições, algumas contratações nem sempre dão certo. E algumas não deram”, completou.

O atleta chegou ao Tricolor no fim do ano passado, com ajuda do goleiro Rogério Ceni, e seria um dos líderes do elenco. Mas a ideia não deu certo.

O jogador teve problemas com então técnico Ney Franco e agora com Paulo Autuori. Para piorar, ainda foi expulso em lance infantil no primeiro jogo das oitavas de final da Copa Libertadores contra o Atlético-MG – a equipe foi eliminada diante dos mineiros.

Após atuar em grandes times na Europa, entre 2001 e 2012, Lúcio somente vai atuar em equipes de fora do País, porque já fez dez partidas no Campeonato Brasileiro – o limite é seis.

O dirigente não descartou a contratação de reforços para esta temporada. “Estou à procura. Não estou prometendo, mas estou atento. Temos alguns pensamentos, alguns contatos iniciais, mas ainda não temos nenhuma certeza”, disse. (das Agências)




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