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Suíços aprovam novas leis de asilo e imigração
Por Da AFP
24/09/2006 | 15:10
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Os suíços aprovaram neste domingo por ampla maioria a favor das novas leis que endurecem a regulamentação sobre a imigração e o direito de asilo, apesar da oposição da Igreja, dos partidos de esquerda e de organizações de defesa dos direitos humanos. Nenhuma das 26 regiões suíças se opôs à nova regulamentação.

Tal como permite a Constituição suíça, os opositores pediram a organização de uma consulta popular para aprovar ambos projetos, que já foram votados no ano passado pelo parlamento. "A revisão parcial da lei sobre asilo busca preservar a tradição humanitária de Suíça, mas, ao mesmo tempo, impedir o abuso", explicou o ministro da Justiça e da Polícia, Christoph Blocher, da União Democrática do Centro (UDC, direita populista).

Para o presidente da UDC, Ueli Maurer, o "sim" à reforma das leis de asilo e imigração demonstra os problemas existentes. Já o presidente do Partido Democrata Cristão (PDC), Christophe Darbellay, insistiu na necessidade de trabalhar para a integração dos imigrantes. "Não quero guetos como os que existem na França", declarou.

Entre seus 7,3 milhões de habitantes, a Suíça conta com mais de 21% de estrangeiros. O país recebeu no ano passado cerca de 19 mil pedidos de asilo, o número mais baixo dos últimos 20 anos. Cerca de um terço dos pedidos foi aprovado nos últimos dez anos.

A nova lei sobre o direito de asilo prevê a recusa de pedidos de pessoas sem documentos de identidade. Também suprime a ajuda social para quem teve negado o pedido de asilo, e que será substituída por uma simples "ajuda de emergência" de 600 euros.

A lei sobre imigração proíbe a entrada na Suíça de estrangeiros não-europeus que não sejam contratados para um trabalho preciso. Os candidatos devem provar que dispõem de qualificação profissional específica e que nenhum trabalhador suíço ou europeu pode ocupar esse posto em seu lugar.




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