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São-caetanense que mora em Moscou recebe primeira dose da Sputnik V na Rússia

Confiante no resultado, Fabio Aleixo integra grupo de 1 milhão de imunizados no país

Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
14/01/2021 | 00:01
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Arquivo pessoal


O são-caetanense Fabio Aleixo, 33 anos, pode respirar mais aliviado. Ele está no grupo de pouco mais de 1 milhão de pessoas que receberam a Sputnik V, vacina desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, na Rússia. Morando em Moscou desde fevereiro de 2018, o jornalista foi imunizado ontem com a primeira dose da proteção contra a Covid e diz que se sente bem, não teve efeitos colaterais significativos e conta os dias para retomar a vida normal.

“Não senti nada, apenas uma picadinha e pronto. Processo foi muito rápido. As primeiras 12 horas podem ter algum sintoma como febre e dor no corpo. Dez horas depois da aplicação cheguei a 38ºC de febre e tomei paracetamol, que é o que eles recomendam. Estou bem e muito satisfeito com minha escolha de tomar a vacina”, comentou Aleixo.

A vacinação em Moscou começou em dezembro, contemplou primeiro os profissionais da saúde, depois forças armadas e agentes da segurança. Na sequência outras categorias, entre elas os jornalistas, o que beneficiou o brasileiro. “A expectativa é que na semana que vem a vacina esteja liberada para o público em geral. A recepção da Sputinik tem sido muito boa aqui na Rússia. Como a imunização não é obrigatória, tem gente que prefere esperar, mas tenho muitos amigos que são estrangeiros também e já foram imunizados”, conta o são-caetanense.

Aleixo explica que a proteção completa só será possível a partir da segunda dose. “Fui vacinado hoje (ontem) e vou receber o reforço em 21 dias. Depois é preciso esperar mais 21 dias para que a pessoa esteja completamente protegida. Quando receber a segunda dose é emitido certificado, em inglês, que comprova a imunidade”, explica. “Tenho total confiança na Sputinik, li bastante sobre o assunto antes de tomar a decisão de vacinar. Não tenho nenhum tipo de medo. Essa vacina nos estudos realizados tem 91,4% de eficácia. A comunicação do governo está sendo clara”, constatou.

Fabio disse que a vida, aos poucos, volta ao normal em Moscou. O uso de máscara é obrigatório em locais fechados e existe fiscalização. “Se te pegarem sem máscara multam. De resto não tem muitas restrições, mas bares e restaurantes precisam fechar às 23h”, comentou. 

Até ontem, a Rússia registrava 61.908 mortes pela Covid, além de 3.412.390 casos. Apenas na quarta-feira foram 22.657 infectados e 519 óbitos.

PRODUÇÃO NO BRASIL

A Sputnik V começa a ser produzida no Brasil sexta-feira. O Instituto Gamaleya fechou parceria com a farmacêutica União Química, que usará laboratório em Brasília para fabricar as doses. Mas, por enquanto, todo material será exportado para países da América Latina que já registraram o imunizante, como Argentina e Bolívia. 

No Brasil, a União Química aguarda autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para iniciar os testes da fase 3, quando a vacina é aplicada na população para avaliação da eficácia e de possíveis efeitos colaterais. No dia 4 a agência pediu mais documentos para liberar o estudo, que não tem data para ser concluído.




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