Cultura & Lazer Titulo Leitura
Em nome do filho

Livro fala sobre surgimento do Cristo Pantocrator no País pela obra de Cláudio Pastro

Miriam Gimenes
Do Diário do Grande ABC
31/12/2017 | 07:27
Compartilhar notícia
Fabio Colombini / Divulgação


 Com a mão direita ele abençoa e, com a esquerda, segura as Sagradas Escrituras</CF>. Ícone bizantino, o Cristo Pantocrator – palavra de origem grega que quer dizer todo-poderoso, onipotente – transmite, em sua imagem, duas naturezas: a humana e a divina. E foi baseada nele que a professora e doutora em Ciências da Religião Wilma Steagall De Tommaso escreveu o livro recém-lançado O Cristo Pantocrator – Da Origem às Igrejas no Brasil, na Obra de Cláudio Pastro (Paulus Editora, R$ 97,75, em média).

Em quase 300 páginas ela apresenta um estudo minucioso sobre a história da igreja na arte: desde as origens da imagem cristã, passando pela arte das catacumbas até o século 21. Além de apresentar a realidade sagrada ontológica dos ícones bizantinos, a autora traz um estudo das obras do artista brasileiro contemporâneo Cláudio Pastro (1948- 2016).

“O Cristo Pantocrator é uma das imagens mais recorrentes da iconografia cristã do primeiro milênio e também o mais difundido pela igreja do oriente, também conhecida como Igreja Ortodoxa Católica, até hoje”, diz a autora. 

O livro surgiu em razão da pesquisa de doutorado que Wilma fez entre 2009 e 2013, mas seus estudos sobre a arte sacra tiveram início na década de 1990. Por isso, nenhum fato importante está fora do texto. “Passa pela história da igreja, pelos concílios, pelo iconoclasmo (movimento que destruía imagens por ser contrário a elas), pela teologia da imagem, especifica a diferença entre arte sacra e arte religiosa e tudo o mais que se refere à arte no cristianismo”, enumera.

E dentro de toda essa história do Pantocrator entra Pastro, que na década de 1980 o apresentou aos brasileiros e deixou vasto legado. Paulistano, nasceu em uma família católica, foi especialista em arte sacra e tem suas obras baseadas no Concílio Ecumênico Vaticano II.
Entre as de destaque, segundo Wilma, estão o Cristo Evangelizador do Advento do Terceiro Milênio, obra que foi encomendada pelo Vaticano em 1995, para realizar a imagem de Cristo com objetivo de anunciar o jubileu do ano 2000, e a obra que o artista realizou no Santuário Basílica de Aparecida. “Na minha opinião, é o Santuário Mariano mais bonito do mundo”, ressalta a escritora. No Grande ABC, ele tem a obra Chuva do Advento, no Museu Sagrada Família, em São Caetano.

Segundo a escritora, o livro se destina a todas as pessoas que se interessam por história, religião, pela arte e, principalmente, pelo belo, sem distinção. E também àqueles que querem entender por que a religião permite imagens e qual é a história (da permissão) da imagem do Deus cristão na igreja.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;