Criado no início do mês como alternativa para captar recursos financeiros para ajudar a FSA (Fundação Santo André) a superar a crise em que está inserida, o Instituto de Apoio à FSA já colhe seu primeiro fruto. Trata-se de convênio com a Montgomery County Community College, dos Estados Unidos, para a oferta de cursos nas duas instituições de ensino, e, com isso, obtenção de dupla certificação. A novidade é que, pela primeira vez entre as sete cidades, o estudante do Ensino Superior poderá conquistar diploma válido tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos via on-line.

A parceria foi celebrada ontem, e a expectativa é a de que seja possível cursar as graduações disponíveis – todas na área de tecnologia – já a partir do segundo semestre. Conforme a reitora Leila Modanez, a ideia é ampliar a quantidade de estudantes (atualmente são 4.500) e, com isso, incrementar o orçamento da instituição, comprometido em R$ 500 mil mensais – verba destinada ao pagamento de parcelas de acordos bancários e tributários devido à dívida de R$ 60 milhões.

Está previsto acréscimo na mensalidade dos discentes que desejarem obter a dupla diplomação. “É claro que terá sim alguma diferença. Acredito que não muito significativa. Existe pré-estudo, mas não vou dizer valores para não falar números errados”, observa a reitora.

Para o prefeito Paulo Serra (PT), o acordo simboliza novo ciclo para a FSA, no qual a Prefeitura se coloca como apoiadora. “Do ponto de vista financeiro, estamos retomando nosso convênio e colocando o pagamento das bolsas em dia. E tem ainda o apoio institucional. Não vamos parar na questão da dupla graduação, isso abre leque de alternativas para trazer, inclusive, investimento para a cidade”, considera. A administração mantinha débito estimado em R$ 300 mil referente a bolsas de estudo.

A expectativa é a de que o Instituto de Apoio à FSA consiga, por meio da prestação de serviços, via entidades privadas e públicas da região, angariar recursos financeiros para suprir os problemas orçamentários da instituição de Ensino Superior. Pelo menos 15% de todo valor arrecadado pelo órgão deve ser repassado à instituição.