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Saulo atrasa repasse à Câmara de Ribeirão

Em crise financeira, Prefeitura não consegue cumprir prazo com Legislativo desde maio

Caio dos Reis
Especial para o Diário
14/09/2015 | 07:00
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Ricardo Trida/DGABC


A crise financeira da Prefeitura de Ribeirão Pires atingiu o duodécimo do Legislativo, quantia transferida pelo Paço para manutenção da Câmara, conforme índice no Orçamento. O montante, tradicionalmente pago em duas parcelas mensalmente (dias 5 e 20), é usado para pagamentos de impostos e salários dos funcionários da Casa, inclusive os dos vereadores. O valor foi depositado no dia 11, ou seja, seis dias depois do combinado e quase resultou no atraso do depósito nos contracheques dos servidores da Casa.

Na última sessão, na quinta-feira, o presidente da Câmara, José Nelson de Barros (PSD), avisou que os adiantamentos dos pagamentos, feitos no dia 15, poderiam não ser efetuados. “Sabemos da situação do País e entendemos esse atraso. Mas já fiz o aviso antes para eles (funcionários) ficarem cientes e não virem me cobrar depois”, disse. Como o valor foi pago, Zé Nelson garantiu que o adiantamento do dia 15 será depositado normalmente. Mas contratos com fornecedores correm risco de não serem quitados dentro do prazo.

Essa não foi a primeira vez que o repasse sofreu atraso. Desde maio, as parcelas de R$ 387,5 mil que teriam de cair na conta a cada 15 dias não são pagas na data estabelecida. “Às vezes atrasamos por alguns dias, mas nada mais que isso”, assegurou o secretário de Finanças do município, Nelson Gomes de Melo.

Para 2015, a Câmara de Ribeirão Pires vai receber duodécimo de R$ 9,3 milhões da administração de Saulo Benevides (PMDB), conforme Orçamento aprovado no fim de 2014. O valor é dividido em 12 parcelas de R$ 775 mil, pagas nos dias 5 e 20 de cada mês.

A situação financeira da gestão Saulo é complicada. Na semana passada, o titular da Pasta de Finanças anunciou série de medidas para diminuição da folha salarial. Corte no número de estagiários, gratificações e revisão de contratos foram as atitudes tomadas imediatamente. A expectativa é que a economia seja de R$ 2 milhões até o fim do ano.

Diminuir o número de secretarias e, até mesmo, retirar um dia na jornada de trabalho do funcionalismo estão em fase de estudo e não foram descartados.

Atualmente, são 20 Pastas e a diminuição iria ser para 13 ou 14 setores, gerando economia com corte de secretários, que têm salário fixado em R$ 10.021,17, e secretários adjuntos, com vencimento de R$ 4.088, 96.

Recentemente, a Prefeitura de Ribeirão Pires correu risco de corte de fornecimento de energia por não pagamento à AES Eletropaulo. Técnicos da concessionária foram à cidade para efetuar o desligamento da luz, mas acordo de última hora impediu a decisão.




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