Política Titulo Vida pública
Eduardo ingressou na política ao lado do avô

Presidenciável foi chefe de Gabinete de Miguel Arraes no governo de Pernambuco em 1987

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
14/08/2014 | 07:00
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Neto do ex-governador pernambucano Miguel Arraes, Eduardo Campos nasceu em 10 de agosto de 1965, em Recife, e emergiu politicamente ao lado do avô. Aos 21 anos, já formado em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco, Eduardo decidiu integrar a campanha de Miguel Arraes ao governo do Estado, abdicando de curso de mestrado que faria nos Estados Unidos.

No ano seguinte, foi nomeado chefe de Gabinete de Miguel Arraes, vencedor da eleição no ano anterior. Três anos depois, filiou-se no PSB, partido pelo qual foi homologado candidato à Presidência da República 24 anos após a efetivação na vida partidária. Em 1994, já casado com Renata – com quem teve cinco filhos, entre eles Miguel, nascido em janeiro de 2014 –, elegeu-se deputado federal por Pernambuco, com 133.347 votos. Foi reeleito duas vezes, em 1998 com 173.657 adesões e, em 2002, com 69.975 (à ocasião, Miguel Arraes também foi candidato).

Em seu terceiro mandato, se aproximou definitivamente de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito presidente do País em 2002. Em 2004, foi convidado por Lula a assumir o Ministério da Ciência e Tecnologia. Seu principal trabalho na Pasta foi a aprovação da lei que autorizou pesquisas com células-tronco embrionárias.

Após 15 anos de militância socialista, assumiu o comando nacional do PSB e, no ano seguinte, candidatou-se ao governo de Pernambuco. Foi eleito com 65,36% dos votos válidos, tendo o PT como aliado. Quatro anos depois, conquista a reeleição em seu Estado, com 82,84% dos votos válidos – melhor percentual de todos governadores do País que buscaram renovação de mandato. Em julho de 2013, o modelo de seu governo foi aprovado por 76%, segundo Ibope.

Altos índices de popularidade no Nordeste impulsionaram sua candidatura à Presidência da República. Em 2012, depois de emplacar Geraldo Júlio (PSB) como prefeito de Recife – contra o petista Humberto Costa –, selou ingresso na corrida presidencial. Em setembro de 2013, entregou cargos que tinha no governo de Dilma Rousseff (PT) com compromisso de postular o cargo máximo do País. No mês seguinte, firmou aliança com a ex-senadora Marina Silva, que tinha visto o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) rejeitar registro de seu partido, a Rede Sustentabilidade.

A chapa Eduardo e Marina alcançou o terceiro lugar nas pesquisas de intenções de voto. No levantamento realizado pelo DGABC Pesquisas no Grande ABC, e divulgado no dia 3 de agosto pelo Diário, a dupla socialista foi citada por 8% dos entrevistados em análise estimulada. Eduardo morreu ontem, no mesmo dia em que seu avô Miguel Arraes, em 2005. 




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