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Da missa à balada: sempre teve jeito de conquistar
Por Marcela Munhoz
Do Diário do Grande ABC
10/04/2011 | 07:01
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A arte de xavecar é tão antiga quanto o ser humano. O homem das cavernas, por exemplo, arrastava a mulher pelos cabelos. Embora os métodos tenham mudado nos últimos dez mil anos, ainda acontece o ritual da conquista com um claro objetivo: a procriação e perpetuação da espécie.

Sim, caro leitor. Se seus avós e pais não tivessem xavecado, você não estaria aqui hoje para fazer o mesmo. Mas, claro, antigamente não tinha como chegar junto na balada ou pedir MSN. Era diferente.

Nos séculos 16 e 17, por exemplo, o único espaço para paquerar era na igreja. Os rapazes ousados davam beliscões em suas escolhidas. Não saia disso, pois os casamentos eram arranjados pelos pais.

No século 18, os jovens costumavam se corresponder por cartas e bilhetes enviados por amigos, tios, primos e até escravos. No século seguinte, o contato visual era feito pela janela. A mocinha esperava o amado se declarar.

Na década de 1920, a paquera tomou conta das praças e calçadões. Nos anos de 1930, danças passaram a fazer parte da conquista. Nos bailinhos já era permitido o toque, mas na valsa, as mãos das damas eram protegidas por luvas. Nas décadas de 1940 e 1950, o cinema se tornou o principal programa para paquerar, além dos grupos das igrejas.

Entre 1960 e 1970, surgiu a pílula anticoncepcional que possibilitou a separação entre desejo sexual e compromisso. Nos anos de 1980, veio a revolução sexual e nunca as brasileiras foram tão diretas na paquera, até a chegada do século 21, quando a internet facilitou o contato.




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