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Rubinho lembra ouro no vôlei e elogia mudança de Bernardinho
Felipe Simões
27/08/2016 | 07:00
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Ricardo Trida/DGABC:


Bernardo Rezende e Roberley Leonaldo formam uma dupla fantástica. Falando assim, ninguém conhece. Mas basta dizer os apelidos, Bernardinho e Rubinho, para que lembranças de vitórias na Seleção Brasileira Masculina de Vôlei venham à memória. Os dois, que trabalham juntos como técnico e assistente há dez anos, fizeram parte da conquista da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio após ótimos trabalhos em clubes – no caso do treinador, no Rio de Janeiro, e, do assistente, em São Bernardo.

"A conquista foi fantástica, é uma coisa difícil de conseguir e nós conseguimos diante da nossa torcida, o que dá mais valor. Foram quatro finais consecutivas (de Olimpíadas), algo que ninguém conseguiu. É difícil se manter lá em cima por tanto tempo”, avaliou Rubinho, que dirigiu o São Bernardo entre 2003 e 2013, em conversa com o Diário. “A nossa chave era difícil e passamos por ela com dificuldade. A gente não conseguiu jogar no nível em que estávamos na Liga Mundial, existia uma responsabilidade. Não atuamos de forma solta no início da competição. Por tudo isso a conquista é tão bacana”, relembrou.

Para Rubinho, a evolução do time durante a competição teve a ajuda do próprio Bernardinho, que soube adaptar seu estilo ao dos atletas em quadra. “Sempre o técnico vai ser mais explosivo porque a pressão está sobre ele, e os assistentes mais tranquilos, na análise. A situação chama isso. Mas o Bernardo estava bem tranquilo para o perfil dele na reta final (da Olimpíada). Os jogadores reagiram melhor a esse tipo de comando. Ele mudou a forma de conduzir e isso foi muito positivo, conseguiu tirar o máximo de cada um”, avaliou.

Além disso, Rubinho coloca na conta de dois atletas – o líbero Serginho e o levantador Bruninho – o êxito da equipe em momentos difíceis da competição. “Vários jogadores tiveram alguns momentos de altos e baixos, e ele (Serginho) teve performance linear. Foi o tempo todo o ponto de equilíbrio para todos os jogadores. Ele foi um auxiliar fantástico na condição de líder juntamente ao Bruno (Bruninho). Ao meu ver foi peça fundamental na conquista do título”, afirmou o assistente. “Pela trajetoria dele no vôlei, ele merecia isso: encerrar a carreira em alto padrão e com medalha de ouro”, elogiou ele, sobre a aposentadoria do líbero de 40 anos da equipe.

Apesar de sucesso, dupla tem futuro indefinido na Seleção

Apesar da campanha vitoriosa na Olimpíada, os futuros de Bernardinho e Rubinho estão indefinidos. Isso porque o treinador, desde 2001 na Seleção, pensará sua continuidade e deve dar uma resposta à CBV (Confederação Brasileira de Voleibol) em até um mês.

“O Bernardo tem qualidade e competência para continuar na Seleção por mais um ciclo (olímpico). É mais análise de vida dele, porque você perde sua vida. Ainda mais ele, que oscila entre clube e Seleção. A decisão que ele tomar será bem-vinda. A continuidade é magnífica e, se ele decidir não estar, tem que ser entendido porque contribuiu sobremaneira para o voleibol. Fazer o que ele fez é notório, é uma história que não tem nenhum paralelo”, destacou Rubinho.

“Minha vontade é estar disponível para a confederação, à qual sou vinculado. Se não continuar na Seleção, estarei aberto ao mercado, ao São Bernardo e qualquer outro clube”, concluiu. AF 




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