Mesmo com menos dias úteis, devido o Carnaval, o volume de oportunidades no mercado de trabalho em março apresentou expansão de 9,65%, em comparação com fevereiro.

Isso é o que aponta o estudo mensal de vagas da Ricardo Xavier Recursos Humanos. No mês passado foram criados 1.659 novos postos. Em fevereiro, haviam sido abertas pelas empresas 1.513 vagas.

"O resultado é muito satisfatório e sinaliza que o mercado deverá estar aquecido nos próximos meses", avalia João Xavier, diretor-executivo da Ricardo Xavier.

Para ele, o cenário econômico do País é favorável e os investimentos para a Copa do Mundo e Olimpíada deverão alavancar as contratações. "Para sediar esses eventos, os investimentos terão de se intensificar, o que demandará mão de obra."

A demanda maior é por profissionais ligados aos setores de energia (combustível, gás natural), construção e tecnologia. "Não é à toa que os engenheiros são tão requisitados", explica Karla Mara Alves de Oliveira, consultora de planejamento de carreira da Ricardo Xavier.

Segundo ela, a única dificuldade que o mercado encontra é para preencher as vagas. "Enfrentamos o tal ‘gargalo' de mão de obra, ou apagão. Não há pessoas qualificadas para ocupar essas oportunidades."

EM ALTA - Em março, especificamente, a área que mais se destacou foi a Comercial, respondendo por 11,5% das oportunidades geradas.

Na sequência, os setores que mais ofertaram vagas foram o Financeiro, com 6,1%; Recursos Humanos, com 5,5%; Administrativo, com 4,9%; e Industrial, com 4,5% (veja tabela acima)

Na contrapartida, em março, 21,25% das vagas exigiam dos candidatos a formação em Engenharia. As outras cinco graduações que também se destacaram foram: Administração, com 10,58%; Ciências Contábeis (6,57%); Economia (2,71%); Direito (1,95%) e Psicologia (1,6%).

NACIONAIS - As empresas brasileiras comandaram as contratações no mercado em março, com 77,76% das posições. Já as multinacionais ofertaram 22,24% das vagas abertas no período.

"Verificamos que, de uns anos para cá, o cenário se inverteu. As companhias nacionais estão expandindo seus negócios, tanto no âmbito interno como externo. Isso faz com que a competitividade entre elas cresça e, é claro, isso demanda mais profissionais", analisa Karla.