Com um ano e meio de atraso, a rua no meio de empreendimento no bairro Piraporinha, em Diadema, foi finalmente construída e apresentada pela construtora Tecnisa e pelo governo do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV).

Em abril do ano passado, reportagem do Diário revelou desrespeito à legislação municipal e ao acordo de contrapartida que determinava a construção de via no prédio entre as avenidas Fábio Eduardo Ramos Esquível e Ulysses Guimarães, recém-finalizado pela empresa.

O compromisso havia sido assinado ainda na gestão do prefeito Mário Reali (PT), em 2012, e previa construção de rua para amenizar impacto viário. Sem a obra, o episódio se tornou alvo de CPI, além de inquérito policial. Autor do pedido de investigação, Josa Queiroz (PT) relembrou toda a trajetória, salientando ter ficado satisfeito com o desfecho.

“Nosso relatório apontou que houve falha da atual administração na fiscalização do acordo. Estou com uma felicidade contida, porque se não houvesse mobilização acredito que teria passado sem a rua”, pontuou.

A equipe do Diário esteve na quinta-feira no local e constatou tráfego normal de veículos, assim como sinalização e demarcações do sistema viário na rua, denominada Carmina Giannetti Jannetta.

Secretário de Habitação no governo Lauro Michels, Eduardo Monteiro argumentou que um dos fatores da demora da construção da rua foi a falta de “clareza” no documento oficial. “Estava implícito no contrato que havia solicitação para a viabilidade de uma via de escoamento. O que tinha descrito corretamente era para a construção de uma rua, sem saída, que a Tecnisa fez normalmente. Mesmo assim, atuamos e modificamos o projeto para construir o que foi exigido e a Tecnisa contribuiu”, esclareceu Monteiro.

O processo ainda tramita no MP (Ministério Público) de Diadema, nas mãos da promotora Cecília Maria Denser de Sá.