A equipe japonesa se sentiu estimulada a correr atrás de um piloto de ponta depois dos bons resultados obtidos nas primeiras corridas de seu primeiro ano na Fórmula 1. Logo na estréia, Mika Salo conseguiu um sexto lugar, na Austrália, repetindo o resultado em Interlagos. O time não esperava nem pontuar na sua primeira temporada.
A base de operações da Toyota para a F-1 fica em Colônia, na Alemanha. A equipe tem dinheiro sobrando. Arrendou o circuito de Paul Ricard, na França, para testes, e passou dois anos se estruturando antes de alinhar um carro no grid pela primeira vez, ao lado de patrocinadores fortes como Panasonic e Esso.
O potencial financeiro do time fez com que vários pilotos procurassem no ano passado o presidente da Toyota Motorsport GmbH, o sueco Ove Andersson. Jean Alesi, Jos Verstappen e Heinz-Harald Frentzen estão entre os que tentaram a vaga de segundo piloto, já que Salo estava confirmado havia mais de um ano.
No final, a equipe optou pelo piloto de testes Allan McNish, um obscuro escocês que, pela Toyota, obteve bons resultados em provas de protótipos. Foi uma solução barata e conveniente, para as poucas pretensões do time em 2002. A intenção inicial era promover outro escocês, Ryan Briscoe, que está na F-3000 e é test-driver da Toyota. A idéia de criar um talento em casa, no entanto, não vingou. Briscoe é fraco e inconstante.
Curiosamente, Barrichello compete pela vaga na Toyota, se ela for de seu interesse, com um piloto pouco conhecido que hoje está na Cart: Toranosuke Takagi. O japonês correu na F-1 em 1998 pela Tyrrell e em 1999 pela Arrows. Não marcou nenhum ponto. Mas a ala nipônica da Toyota gostaria de ver alguém de olhinhos puxados ostentando a marca da empresa mundo afora. A facção germânica, instalada em Colônia, prefere um piloto de verdade, como Barrichello.
O brasileiro não é a única opção de Andersson e seus asseclas. David Coulthard, da McLaren, e Nick Heidfeld, da Sauber, fazem parte da lista dos que podem substituir McNish no ano que vem. Jacques Villeneuve, outro nome cotado nas últimas semanas, foi descartado pelo dirigente sueco. “Sua carreira está em declínio”, falou Andersson sobre o canadense. Na verdade, o maior obstáculo para uma eventual contratação de Villeneuve são suas pretensões salariais, de US$ 15 milhões por ano.
Treinos – Começam nesta sexta os treinos livres para o GP da Espanha, em Barcelona, a quinta etapa do Mundial de Fórmula 1. Os carros vão para a pista a partir das 6h de Brasília para duas sessões de uma hora de duração cada. A meteorologia prevê tempo bom neste fim de semana na Catalunha. Quinta, fez sol e a temperatura chegou a 25ºC.
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