O Corinthians sagrou-se campeão brasileiro duas vezes no domingo. A primeira foi quando Liedson marcou o gol sobre o Figueirense, aos 21 minutos da etapa final. A segunda foi quando Fred empatou o jogo que era vencido pelo Vasco, aos 38 minutos do segundo tempo.

Quis o destino que a decisão ficasse para a última rodada, fato que já aconteceu nos campeonatos de 2004 (Santos), 2005 (Corinthians), 2008 (São Paulo), 2009 (Flamengo) e 2010 (Fluminense).

Somente uma competição equilibrada como se vê apenas no Brasil é possível ser definida desta forma. Diferentemente de torneios nacionais realizados em todo mundo, inclusive na Europa, poucos times, às vezes apenas dois ou três, são campeões.

Empate do Corinthians com o Palmeiras, independentemente do resultado de Vasco x Flamengo, dará outro título para o Timão.

As evidências indicam que a equipe de Tite é a virtual campeã. Mas como dizia Nelson Rodrigues, o imponderável de Almeida pode se transformar no vilão corintiano.

O Palmeiras não está morto e não vai se entregar. Além disso, o Corinthians precisa saber de suas próprias deficiências, a começar pelo estado emocional. Por mais experientes que sejam os jogadores, é difícil controlar o estado de espírito. Será um domingo especialíssimo. E cheio de emoção.

ESTRANHO

Andrés Sanches está antecipando a sua saída da presidência do Corinthians. Ele diz que está cansado, decepcionado e até revoltado. Segundo ele mesmo, sua destacada posição o faz alvo de críticas e comentários maldosos da imprensa, muitas vezes, segundo o próprio, injustas.

O dirigente sai com alguns erros marcantes, mas vários acertos que o fizeram extremamente popular e querido pela torcida e conselheiros.

O que não se entende é a razão de ele ter aceitado convite de Ricardo Teixeira para ser o novo diretor de seleções da CBF, parece-me, com altíssimo salário.

Se ele está cansado e chateado, por que aceitou cargo de tamanha visibilidade e com certeza, alvo de críticas? Deve ser um motivo muito forte? ($)

OTIMISMO

Ouvi a coletiva de Muricy após o empate com o Bahia. Em tom de despedida da torcida ele mostrou respeito com o Barcelona, mas enfatizou que ninguém jogou a toalha. E que vai para o Japão confiante.

Realmente será uma pedreira. Mas o jogo só acaba quando termina, já dizia o velho adágio popular. Não será fácil encarar Messi e cia. Mas o Santos tem condições.

O que todos na Vila estão impressionados é com o grande número de torcedores que manifestaram interesse nos últimos dias de viajar para o Oriente e prestigiar o time.

Márcio Bernardes é âncora da rede Transamérica de Rádio e professor universitário. www.marciobernardes.com.br