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Centrão de S.Bernardo se reúne hoje
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
24/01/2011 | 07:00
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O bloco de centro da Câmara de São Bernardo - formado pelos vereadores Otávio Manente (PPS), Marcelo Lima (PPS), Vandir Mognon (PSB), Pastor Ivanildo de Santana (PSB) e Estevão Camolesi - se reúne hoje para traçar a estratégia de atuação na Câmara e a que será implantada politicamente até as eleições municipais do ano que vem.

Segundo Marcelo Lima, o encontro é o primeiro de uma série que o grupo fará semanalmente. "Vamos conversar para alinhar nosso discurso, estabelecer objetivos, colocar a casa em ordem."

Com diálogos constantes, o quinteto tende a permanecer coeso até o pleito. Ao contrário do que ocorreu na primeira vez em que se tentou formar essa força política independente, que flutua entre a base governista e a oposição.

O quinteto é responsável por 21.577 votos na eleição de 2008. E, de quebra, tem o apoio do deputado estadual Alex Manente (PPS), que obteve 114.714 votos para garantir a reeleição no ano passado, sendo 68.127 deles em São Bernardo - foi o mais votado na cidade.

O bloco sabe de sua representatividade política. E os interessados em sua adesão também. Tanto que o posicionamento do centrão tem insatisfação tanto na administração quanto na oposição. E é esse o jogo a que se propõe o grupo.

Semana passada, declarações do deputado federal eleito e ex-prefeito William Dib (PSDB) foram interpretadas pelo grupo como equivocadas, pois o entendimento foi de que já estaria ao lado do tucano contra a gestão do prefeito Luiz Marinho (PT). Otávio Manente esclareceu a condição "independente" da aliança centrista.

Dib também se manifestou. Por nota, afirmou que em nenhum momento disse que existe um grupo fechado e que "apenas destacou que está disposto a fazer o papel de articulador político da oposição".

Ainda pelas bandas da bancada contrária à administração petista, formada por oito vereadores, o parlamentar Ary de Oliveira (PSB) ressaltou que é preciso haver definição do quinteto flutuante.

O socialista observou que a disposição do centrão foi importante para a conquista da presidência da Câmara pelo oposicionista Hiroyuki Minami (PSDB), mas que os oito vereadores de seu grupo foram preponderantes. "Fizemos uma parceria composta por 13 integrantes. Agora, temos de saber se somos mesmo 13, ou se somos oito mais cinco. Independente do nome que se dê ao bloco, centrão, oposição ou bancada guardiã dos reais interesses da cidade, precisamos mensurar nossa capacidade de atuação", analisou Ary.

Otávio Manente tem dito que a manobra juntamente com a oposição, para derrotar o governo no pleito para o comando do Legislativo, foi bem-sucedida, mas que não reflete necessariamente numa posição definitiva do bloco. "Uma coisa não tem a ver com a outra", frisou o popular-socialista.




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