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Museus municipais mantêm viva a memória do Grande ABC

Espaços abrigam acervo documental, objetos históricos e obras de artistas renomados

Joyce Cunha
Da Redação
15/05/2022 | 00:01
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Celso Luiz/DGABC


A história do Grande ABC e parte das relíquias da cultura regional se mantêm preservadas entre as paredes dos museus municipais. Objetos que evidenciam o estilo de vida dos primeiros habitantes das sete cidades, traços e documentos do intenso processo de industrialização e urbanização local e obras assinadas por artistas renomados nacionalmente e em todo o mundo estão entre os itens que compõem os acervos museológicos da região.

O Grande ABC conta com 12 museus históricos e de belas artes (pinacotecas) abertos à visitação. Para quem ainda não percorreu esses caminhos da memória regional, o Diário traz algumas dicas – veja na arte abaixo as informações e os endereços dos equipamentos espalhados pela região. 

Em Santo André, por exemplo, entre os mais de 70 mil itens do Museu Dr. Octaviano Armando Gaiarsa, que fica no Centro, está a súmula do primeiro gol de Pelé, marcado no dia 7 de setembro de 1956, no Estádio Américo Guazelli, na Vila Alzira, que pertence ao Corinthians FC. Imagens e documentos que datam do fim do século 19 aos dias atuais estão acessíveis aos visitantes.

A Vila de Paranapiacaba, um dos principais destinos turísticos da região, abriga dois museus, Castelo e Casa Fox. Neles, é possível conferir mobiliários, utensílios e documentos da época de efervescência da atividade ferroviária. O Museu do Castelo, construído em 1897, foi moradia dos engenheiros-chefes da ferrovia e escritório da antiga Rede Ferroviária Federal. 

Objetos históricos também estão na lista de atrações do Museu de São Caetano, que tem mais de 5.000 peças que resgatam o patrimônio material e imaterial do povo sul-são-caetanense. Ferramentas de trabalho, utensílios domésticos, itens sacros e objetos das olarias da cidade contam um pouco mais das tradições ao longo dos anos. 

São Caetano abriga, ainda, a Pinacoteca Municipal com mais de 750 obras. O espaço já recebeu exposições de nomes consagrados da arte contemporânea nacional e internacional, entre os quais Anita Malfatti e Maria Bonomi.

Obras de Alfredo Volpi, Waldomiro de Deus e Daniel Melim fazem parte do acervo da Pinacoteca de São Bernardo. A cidade tem, ainda, Centro de Referência das Culturas Populares Tradicionais/Chácara Silvestre, que dedica espaço para itens documentais e bibliográficos, além de acervo museológico que reúne livros, discos, DVDs, fotografias, entre outros itens.

Em Diadema, além do Centro de Memória da cidade, os moradores podem curtir passeio ao MAP (Museu de Arte Popular). Inaugurado em 2007, o espaço abriga obras de artistas populares brasileiros, como Aécio de Andrade e Cícero Lourenço.

O Museu Barão de Mauá tem em seu acervo peças de porcelanas de todas as empresas ceramistas da cidade mauaense. Este é um dos destaques do espaço, que em breve deverá receber restauração com projeto desenvolvido pela Prefeitura. 

Ribeirão Pires tem acervos históricos abrigados no Museu Municipal Família Pires e no Centro de Documentação Histórica Iracema Mathias Roca, ambos situados no Centro de Exposições e História Ricardo Nardelli. O edifício, conhecido pela torre do relógio, está recebendo revitalização, com pintura assinada pelo artista Cláudio Duarte, mais conhecido como Ise. 

A cidade tem, ainda, parte do acervo instalado nas ruas da região central, no MAAC (Museu Aberto de Arte Contemporânea) e no MAR (Museu de Arte de Rua). Monumentos contemporâneo e grafittis fazem parte das galerias urbanas ao ar livre de Ribeirão Pires. A Prefeitura está realizando a revitalização para reabertura ao público, da Pinacoteca Municipal Guilherme de Carvalho Dias, além de estudo para a retomada do Museu Ferroviário Municipal João Evaristo de Abreu Duarte e da Biblioteca Temática de Patrimônio Roberto Bottacin Moreira.

Rio Grande da Serra, que é a caçula da região e no início do mês celebrou 58 anos, é a única cidade da região que não possui museu. 




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