Política Titulo Manifestação para dia 15
Prefeitos da região pedem respeito à democracia

Presidente Jair Bolsonaro compartilhou vídeo com conteúdo crítico ao Congresso e STF

Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
27/02/2020 | 00:01
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Denis Maciel/DGABC


Um dia após o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), patrocinar indiretamente convocação para manifestação contra o Congresso Nacional e o STF (Supremo Tribunal Federal), prefeitos do Grande ABC pediram respeito à democracia no País. Somente o chefe do Executivo de São Caetano teceu comentário mais crítico às declarações de Bolsonaro.

O chefe da Nação, na noite de terça-feira, compartilhou de seu celular pessoal vídeo com conteúdo de convocação de pessoas para realizar ato contra deputados e ministros do STF no dia 15 de março – a informação foi do jornal O Estado de S.Paulo. Alertado do impacto negativo, Bolsonaro pediu a integrantes do governo que não endossem o conteúdo da mensagem ainda ontem.

Mesmo em tom brando, o prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), disse que não viu a declaração de Bolsonaro como algo “ofensivo à democracia”. Na visão do chefe do Executivo andreense, o Brasil é regido pela democracia e pelo princípio democrático e não haveria espaço para questionar esses dois valores. “É preciso diferenciar o que é insatisfação com a classe política e o que é ataque à democracia. Não vejo na fala do presidente algo que estimule sentimento antidemocrático.”

Por meio de nota e de maneira sucinta, o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), declarou que o Brasil vive em uma sólida democracia. “(A democracia) Deve ser respeitada pelo presidente e pela população”, afirmou.

Já para o prefeito de Ribeirão Pires, Adler Kiko Teixeira (PSB), todos os cidadãos brasileiros devem lutar pela democracia e pela preservação do livre exercício dos poderes Executivo, Legislativo e da Justiça. “Qualquer atitude que desrespeite e ameace a Constituição e, portanto, os direitos do povo, deve ser combatida”, pontuou.

Único a adotar tom mais crítico, Auricchio alegou que sua maior preocupação é a desarmonia entre os poderes. “No que diz respeito ao apoio do presidente Jair Bolsonaro à manifestação popular contra o Congresso Nacional, o presidente do Brasil entra em colisão com o Poder Legislativo, fato que, certamente, implicará em consequências negativas na relação entre os poderes”, avaliou o tucano.  




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