Promotoria abre representação para investigar possível ilegalidade em acordo do Paço com GRCAR
O Ministério Público de Mauá abriu representação para investigar se ainda existe vínculo entre o vereador governista Vanderley Cavalcante da Silva, o Neycar (SD), e a empresa GRCAR Veículos, contratada em setembro pelo governo do prefeito Atila Jacomussi (PSB).
Essa fase de apuração é preliminar e não significa necessariamente que o MP vai instaurar inquérito para apurar irregularidades. A Promotoria pode, de acordo com as informações que coletar, arquivar o assunto ou dar seguimento às investigações, se encontrar indícios de irregularidades.
O MP informou que já encaminhou questionamentos à Prefeitura e à Câmara sobre a denúncia, revelada pelo Diário no dia 13.
Contratada pelo governo Atila no mês passado para alugar veículos destinados à fiscalização do trânsito, a GRCAR Veículos pertenceu a Neycar até setembro de 2016. A firma, inclusive, era batizada com o apelido político do próprio parlamentar (Neycar Veículos). Embora não seja mais dono formal da empresa desde o ano passado, funcionários da GRCAR informaram ao Diário que o filho do parlamentar trabalha na empresa.
O primeiro contrato da firma com a Prefeitura de Mauá foi celebrado em outubro de 2016, um mês depois de o vereador deixar o quadro societário da firma e 11 dias antes de o político ser eleito vereador para o primeiro mandato. O atual contrato é de R$ 1,13 milhão e o governo já declarou não ver irregularidades.
Neycar, por sua vez, nega manter elo com a firma. Segundo o vereador, a companhia foi vendida no ano passado e, desde então não responde mais pela empresa. O parlamentar alega ainda que o filho não trabalha na GRCAR, mas na concessionária Ivam Multimarcas, onde mantém, segundo ele próprio, seu escritório.
Questionado sobre a representação do MP, Neycar afirmou que não teve conhecimento, mas que prestará esclarecimentos quando for notificado. O Paço não se manifestou sobre a decisão do MP.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.