Política Titulo Investigação
MP apura contrato de firma ligada a Neycar

Promotoria abre representação para investigar possível ilegalidade em acordo do Paço com GRCAR

Júnior Carvalho
do Diário do Grande ABC
25/10/2017 | 07:00
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O Ministério Público de Mauá abriu representação para investigar se ainda existe vínculo entre o vereador governista Vanderley Cavalcante da Silva, o Neycar (SD), e a empresa GRCAR Veículos, contratada em setembro pelo governo do prefeito Atila Jacomussi (PSB).

Essa fase de apuração é preliminar e não significa necessariamente que o MP vai instaurar inquérito para apurar irregularidades. A Promotoria pode, de acordo com as informações que coletar, arquivar o assunto ou dar seguimento às investigações, se encontrar indícios de irregularidades.

O MP informou que já encaminhou questionamentos à Prefeitura e à Câmara sobre a denúncia, revelada pelo Diário no dia 13.

Contratada pelo governo Atila no mês passado para alugar veículos destinados à fiscalização do trânsito, a GRCAR Veículos pertenceu a Neycar até setembro de 2016. A firma, inclusive, era batizada com o apelido político do próprio parlamentar (Neycar Veículos). Embora não seja mais dono formal da empresa desde o ano passado, funcionários da GRCAR informaram ao Diário que o filho do parlamentar trabalha na empresa.

O primeiro contrato da firma com a Prefeitura de Mauá foi celebrado em outubro de 2016, um mês depois de o vereador deixar o quadro societário da firma e 11 dias antes de o político ser eleito vereador para o primeiro mandato. O atual contrato é de R$ 1,13 milhão e o governo já declarou não ver irregularidades.

Neycar, por sua vez, nega manter elo com a firma. Segundo o vereador, a companhia foi vendida no ano passado e, desde então não responde mais pela empresa. O parlamentar alega ainda que o filho não trabalha na GRCAR, mas na concessionária Ivam Multimarcas, onde mantém, segundo ele próprio, seu escritório.

Questionado sobre a representação do MP, Neycar afirmou que não teve conhecimento, mas que prestará esclarecimentos quando for notificado. O Paço não se manifestou sobre a decisão do MP. 




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