Política Titulo Região
Foi dada a largada para 2018

Região tem ao menos 76 candidaturas cogitadas ao pleito do ano que vem; em 2014, foram 107 nomes

Por Fábio Martins
do Diário do Grande ABC
08/10/2017 | 07:05
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Nelson Junior / Fotos Públicas


A um ano do processo eleitoral de 2018, agora com a definição das regras do jogo, o Grande ABC desponta com ao menos 76 nomes cotados a lançar candidatura a deputado (a estadual e federal) na empreitada. Para efeito de comparação, no último pleito, em 2014, 107 postulantes com reduto na região apostaram suas fichas nas urnas. A tendência, no entanto, é que a quantidade de postulantes a cadeira parlamentar aumente consideravelmente com a manutenção do sistema, sem mudanças significativas aguardadas por boa parte da classe política.

A região entrará no páreo com a menor bancada desde a redemocratização – apenas seis eleitos: são quatro estaduais (Luiz Fernando Teixeira, Ana do Carmo, Teonílio Barba e Luiz Turco, todos do PT) e dois federais (Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, PT, e Alex Manente, PPS). A composição chega reduzida, principalmente, pela particularidade de que três quadros eleitos pelas sete cidades terem saído do mandato – dois deles se tornaram prefeitos (Orlando Morando, PSDB, em São Bernardo, e Atila Jacomussi, PSB, em Mauá) no ano passado; e Vanessa Damo (eleita pelo PMDB, hoje sem partido) foi cassada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Diante do forte revés sofrido no pleito de 2016, o PT enfrentará outro teste junto ao eleitorado, uma vez que pela primeira vez na história ficou sem o comando de prefeituras no Grande ABC, seu berço político – há dois anos, tinha a chefia de três governos. Já sem máquinas administrativas nas mãos, a legenda apostará em figuras conhecidas da região, investindo na renovação do mandato de cinco deles (confira a lista ao lado), além de resgatar os ex-prefeitos José de Filippi Júnior (Diadema), Donisete Braga e Oswaldo Dias (ambos de Mauá).

Por outro lado, o PSDB vive momento diferente na esfera local. Após vitórias simbólicas, inclusive majoritárias – ao ganhar o poder de quatro Paços de forma inédita (Santo André, São Bernardo, São Caetano e Rio Grande da Serra) –, o tucanato busca alternativas para apresentar quadros competitivos em todos os municípios, inclusive estudando possibilidade de atrair políticos de partidos aliados, a exemplo de Edson Sardano (PTB). Na disputa passada por vaga de deputado, a sigla fechou o páreo com desempenho pífio, elegendo somente Morando, embora o então presidenciável pela legenda, senador Aécio Neves, derrotado nas urnas, tenha vencido em cinco das sete cidades na segunda etapa do pleito, e Geraldo Alckmin (PSDB) fora reeleito governador de São Paulo já no primeiro turno com apoio maciço da região.

O PSB, com a provável candidatura ao governo de São Paulo – chapa deve ser encabeçada pelo vice-governador Márcio França –, elenca, a princípio, nove postulantes, visando também ampliar representatividade, em especial na Assembleia Legislativa. Em recente entrevista ao Diário, França disse que o planejamento é eleger dez estaduais e dez federais. A sigla, que lidera duas prefeituras na região (Mauá e Ribeirão Pires), parece fomentar proposta de engrossar rol de pretendentes. O atual cenário dos cogitados mescla quadros novos, como o debutante na Câmara de Rio Grande pela sigla Akira Auriani, com outros tradicionais, a exemplo de Aidan Ravin e Edinho Montemor. 




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