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Doença das mamas
Leo Kahn
06/10/2017 | 07:00
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 “A medicina é muito mais do que uma profissão, é uma dádiva que Deus dá a alguns seres humanos para que possam ajudar ao próximo, aliviar-lhe a dor e preveni-lo de sofrimentos.” Seguir o ensinamento dessa frase é importante para se obter sucesso no tratamento de todas as doenças que afligem as pessoas.
As patologias mamárias devem ter uma atenção especial, pois a mama feminina simboliza a continuidade da espécie humana e dela vem o primeiro alimento que recebemos ao nascer.
O reconhecimento do amor ao próximo, da identidade feminina e da importância da mama é imprescindível ao mastologista, que, associados ao saber da especialidade, torna o diagnóstico e o tratamento das patologias mamárias em êxitos.

As doenças mamárias mais comuns são:
Mastalgia (dor mamária) – é a causa de 45% a 50% nas queixas clínicas e pode ser dividida em:
Cíclicas - relacionadas ao período pré-menstrual, podendo ser desencadeadas por vários fatores associados, como estresse, erros alimentares (falta de vitaminas nos alimentos ou excesso de sal e colesterol) e distúrbios hormonais.
Acíclicas verdadeiras – têm geralmente os processos infecciosos e tumores como fatores responsáveis. A consulta com mastologista deve ser imediata.
Descarga papilar - é a eliminação de secreção através de um ou vários ductos papilares, que pode ocorrer em uma ou ambas as mamas e representa 10% das queixas em consultório. A descarga papilar bilateral é menos preocupante que a unilateral, mas ambas devem ser avaliadas pelo especialista.

Tumores benignos mais comuns:
Displasia mamária benigna – ocorrem geralmente em mulheres jovens, com idade inferior a 40 anos, associadas à má alimentação, aos estresses físico e mental. Distúrbios hormonais devem ser avaliados por meio de exames apropriados.
Fibroadenomas – geralmente são bem delimitados com contorno regular, não aderente e móvel, ocorrem frequentemente nas mulheres jovens até os 25 anos.
Lipomas e peça cística da mama – são os tumores mamários benignos que predominam por volta dos 40 anos de idade, o ultrassom da mama define o diagnóstico.

Tumores malignos:
O tipo mais frequente de tumor mamário é o carcinoma, mais frequente em mulheres que não tiveram filhos ou tiveram após os 30 anos. O sarcoma é raro.
Os principais fatores de risco são a reposição hormonal estrogênio na menopausa, obesidade (teria risco duplo) – as obesas diabéticas e hipertensas teriam risco triplo. Antecedentes familiares maternos (avó, mãe, tias e irmãs) podem aumentar o risco em até quatro vezes – e o tabagismo.
O estudo da história do câncer de mama mostra que sua evolução é lenta, longa e gradativa até chegar à fase da metástase (disseminação para o restante do corpo).

Dicas:
O autoexame uma vez ao mês é imprescindível.
Manter peso corporal adequado.
Melhorar as condições alimentares, com consumo de alimentos mais saudáveis (frutas, legumes, peixes ricos em ômega três).
Praticar atividades físicas regulares.
Evitar reposição hormonal com estrogênios, exceto raras exceções.
Não fume.
Consulte seu ginecologista a cada seis meses para exames periódicos.
Entrevista realizada com Ana Gloria Dias da Silva, médica especialista em ginecologia endócrina e que atua no Grande ABC. E-mail: ana.gloriamed@uol.com.br




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