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Desemprego diminui, mas informalidade cresce
Por Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
23/10/2009 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


O desemprego no País diminuiu em setembro, com 90 mil pessoas desocupados a menos - que foram absorvidos pelo mercado de trabalho ou desistiram de procurar emprego. A taxa de desocupação mensurada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em setembro, atingiu 7,7%, igualando-se ao registrado no mesmo período do ano passado - quando a crise econômica ainda não havia atingido o emprego - e recuando frente a agosto, quando foi de 8,1%.

Apesar da recuperação, foi verificado crescimento do trabalho sem carteira assinada. Das 76 mil pessoas contratadas em setembro, 55 mil não foram registradas em regime de CLT e 4.000 entraram no mercado como autônomos. Apenas 29 mil tiveram carteira assinada.

"Apesar da criação de postos, o que é muito positivo, eles não têm a qualidade desejada, já que o número de trabalhadores sem registro está muito elevado", afirma Adriana Beringuy, analista da pesquisa. Hoje são 2,8 milhões de trabalhadores sem registro, queda de 6,9% frente a setembro de 2008. Os registrados somam 9,5 milhões.

Considerando seis regiões metropolitanas - São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife -, o total de ocupados soma 21,5 milhões de pessoas, permanecendo praticamente estável ante agosto e o mesmo mês em 2008.

O setor de outros serviços (inclui alojamento, alimentação, limpeza urbana, transporte. telecomunicação e armazenagem) foi o que mais empregou, com a geração de 92 mil postos. O segmento responde por 17% das pessoas ocupadas. Em seguida, vem o comércio (42 mil) e a construção civil (30 mil).

Por outro lado, a indústria fechou 43 mil postos de trabalho, educação, saúde e administração pública, 33 mil, serviços (prestador terceirizado), 16 mil, e serviços domésticos, 4 mil.

Quanto à população desocupada, que passou a 1,8 milhão de pessoas, Adriana ressalta que a maior parte das demissões ocorreu entre os jovens de 16 a 24 anos. "A eles faltam experiência e qualificação. Quem tem por volta de 50 anos, entretanto, já está inserido em processo produtivo, e é especializado. As empresas estão preferindo manter esse tipo de funcionário."

SÃO PAULO - Na região metropolitana de São Paulo, à qual o Grande ABC está inserido, a taxa de desocupação acompanhou o movimento nacional, baixando de 9,1% em agosto para 8,7% em setembro. No mesmo mês do ano passado, o percentual era de 8%.

A população ocupada ganhou 32 mil pessoas, passando a 9,1 milhões. Os segmentos que mais contrataram foram outros serviços (64 mil), comércio (18 mil), serviços (14 mil), construção civil (11 mil) e serviços domésticos (6.000). Os desocupados, diminuíram em 38 mil, para 869 mil, tendo a indústria dispensado 73 mil funcionários e educação, saúde e adminstração pública, 8.000.




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