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Moradores confirmam amor por São Caetano
Por Adenilde Bringel
Especial para o Diário
28/07/2004 | 00:42
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Antigos e novos moradores de São Caetano concordam com os índices de qualidade de vida na cidade – embora ainda reivindiquem melhorias – e garantem que não trocam o município por nenhum outro do país.

Os que chegaram no começo do século passado e construíram sua história em São Caetano são os mais empolgados e garantem que não há lugar melhor para morar.

Essa é a opinião de Irma Perrella e de Isaías Polido Nieto, dois descendentes de imigrantes que mantêm com a cidade um vínculo de afeto e orgulho. Irma é neta de um dos primeiros imigrantes italianos – João Domingos Perrella, vindo da região de Campobasso, norte da Itália –, que chegou na antiga colônia de São Caetano no fim do século XIX e ajudou a construir a cidade. Isaías é filho de Eleutério Polido, da província de Cáceres, na Espanha, trabalhador braçal que ajudou a abrir as primeiras ruas dos bairros da cidade.

“Meu avô foi juiz, vereador e prefeito quando tudo ainda era Santo André (da Borda do Campo), depois teve olaria e trabalhou muito por essa cidade”, conta dona Irma, com nítido orgulho de ser descendente de um dos fundadores do município.

Para a dona-de-casa, que ainda mora na mesma casa onde nasceu, há 80 anos, no bairro Fundação – e que foi de seus avós –, São Caetano é um local excelente para morar, mas o bairro precisa de um pouco mais de atenção. “Tenho paixão por esse lugar, mas acho que falta infra-estrutura no bairro e um pouco de segurança”, reclama. Além de dona Irma, mais de 100 descendentes dos primeiros imigrantes da família Perrella ainda moram na cidade.

Apesar de os italianos terem sido a base da fundação de São Caetano, também chegaram na colônia imigrantes vindos de outros países, em busca de trabalho nas fazendas. Entre eles estava a família de Eleotério Polido, que chegou da Espanha em 1912. Um dos filhos de Eleotério tinha apenas 9 anos de idade, mas lembra bem como tudo começou. “O centro de São Caetano era do lado de baixo da estação e já tinha povoação”, conta Isaías Polido Nieto, hoje com 101 anos.

Para buscar outras condições de trabalho, a família se mudou para São Paulo um ano e meio depois, mas, em 1915, voltou a São Caetano e fixou residência. “Meu pai sempre trabalhou na cidade e eu também construí minha família aqui. Acho que São Caetano foi bom para todo mundo. Gosto muito daqui e não saio para outro lugar nem quando morrer”, garante seo Isaías.

Para os mais jovens, São Caetano também é considerada uma boa cidade para viver. Marcos Carvalho Barbosa, 22 anos, veio morar no município com apenas 3 meses de vida e afirma que se considera um cidadão nato. Para Marcos, São Caetano oferece uma tranqüilidade que lembra as cidades do interior. “Isso faz com que os habitantes criem laços afetivos com a cidade”, diz.

Cristina Toledo de Carvalho, 26 anos, também guarda boas lembranças da infância vivida, em grande parte, em São Caetano. Cristina chegou com 6 anos de idade e passou quase toda a vida no município. “Sou uma cidadã de coração”, ressalta.




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