Mesmo utilizando o codinome de Senador Flaquer nas urnas, o candidato da região ao Senado Federal, Ricardo Flaquer (PRTB), alcançou votação no Grande ABC que só o elegeria vereador em quatro das sete cidades (São Caetano, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra). O republicano-trabalhista conquistou apenas 1.916 votos em seu reduto eleitoral (foram 14.833 na totalidade), sendo destes apenas 760 sufrágios – maior percentual atingido por ele – em Santo André, cidade onde sua família tem passado histórico na política.

Ele tem parentesco com José Luiz Flaquer, morto há 90 anos e que ocupou cargo de senador. Ricardo Flaquer, por sua vez, não teve o mesmo sucesso do familiar e amargou a última posição em número de votos entre os concorrentes ao Senado. Obteve 491 votos em São Bernardo. Em São Caetano, registrou 140 sufrágios. Em Diadema e Mauá, o postulante angariou 182 e 227, respectivamente. Foi lembrado por 85 eleitores em Ribeirão e recebeu 31 adesões em Rio Grande.

O último vereador a se eleger por Mauá foi Betinho da Dragões (PR), com 1.664 votos.

Flaquer justificou que a disputa era desnivelada por conta do pouco tempo de TV concedido ao PRTB, ínfimo recurso para campanha e concorrência com “gente muito gabaritada”. “Tinha somente 16 segundos para falar no programa, três vezes na semana. Parecia o Enéas (Carneiro, morto em 2007), de tão rápido o tempo. Dinheiro para 8.000 cartões (santinhos). Era apenas isso que tive para debater contra o (ex-governador José) Serra (PSDB, eleito), o próprio senador (Eduardo) Suplicy (PT) e o (ex-prefeito da Capital) Gilberto Kassab (PSD).”

Apesar do fraco desempenho nas urnas, Flaquer alegou que a votação lhe dá crecencial para disputar a Prefeitura em 2016. “Foi expressiva devido à baixa divulgação e o partido quer candidatura própria”, disse. Há dois anos, seu filho Alexandre Flaquer foi candidato pelo PRTB e obteve 1.899 votos.