Economia Titulo IPI
Extensão beneficiará linha branca e construção
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
30/06/2009 | 07:00
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A redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre quatro eletrodomésticos da chamada linha branca - geladeiras, fogões, máquinas de lavar e tanquinhos - também foi estendida por mais três meses.

Elas continuam da mesma forma: o imposto sobre geladeiras caiu de 15% para 5%; no caso dos fogões, que era de 5%, passou para zero; para máquinas de lavar, o imposto cai de 20% para 10%; e para tanquinhos, de 10% para zero.

"Com toda certeza, essa medida vai aquecer ainda mais as nossas vendas. Com a medida, que teve início há três meses, conseguimos esvaziar os estoques. Daqui para frente, teremos mais demanda", afirmou o gerente de compras de bazar e eletro da Coop (Cooperativa de Consumo), com sede em Santo André, Edson Rodrigues.

O Carrefour, por meio de nota, enfatizou que as vendas da categoria linha branca apresentaram crescimento importante nos últimos meses, devido à redução do imposto. O grupo acredita que com a prorrogação do IPI reduzido até 31 de outubro, as vendas na categoria permaneçam aquecidas, e as lojas deverão continuar suas promoções e parcelamentos desses produtos.

Já o Grupo Pão de Açúcar afirmou que houve crescimento de 30% na venda de linha branca nos últimos três meses em suas lojas.

A Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos) também comemorou a iniciativa, além de considerá-la um grande incentivo à indústria e ao comércio. A previsão é de que as vendas deste ano no mercado nacional sejam superiores de 5% a 10% ao obtido no ano passado.

Dados da associação mostraram que em maio houve crescimento de 20% nas vendas em relação ao mesmo mês em 2008 - índice bastante positivo, uma vez que, no início do ano passado não havia ainda recesso. "O próximo período de concessão será igualmente positivo", enfatizou o presidente da Eletros Lourival Kiçula.

MOVELEIRO - Em busca da redução do IPI para o setor moveleiro, a Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) e a Abipa (Associação Brasileira da Indústria de Painéis de Madeira) encaminharam ao ministro do Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, proposta para queda dos impostos também sobre esses produtos. Ele, por sua vez, deverá levar a reivindicação ao Ministério da Fazenda, e torce por sua aprovação.

Construtores querem prazo maior de diminuição do imposto

A redução temporária do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) incidente sobre os materiais de construção foi prorrogada até 31 de dezembro.

Para o presidente da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção), Cláudio Elias Conz, a medida certamente dará "fôlego e ânimo ao setor, o que deve melhorar as vendas e ampliar o número de empregos, além de atrair investimentos na cadeia produtiva", comentou.

Porém, o executivo adianta que, como a redução do IPI não atinge os estoques, aplicando-se somente no momento da venda do produto, a resposta ao estímulo foi mais lenta do que o setor previa. Daí a importância de se estender o benefício por mais tempo.

Para o presidente da Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção), Melvyn Fox, a medida é bem-vinda ao segmento, entretanto, ele concorda que o tempo da permanência do recurso deveria ser maior para este segmento.

"Para reformar uma casa leva-se de seis a nove meses. No caso da construção de uma residência de porte médio, este tempo sobe para um ano e meio a dois. Assim, quem tem projetos desse tipo não contará com o benefício durante o tempo necessário ao término da obra", explicou.

A medida reduz o IPI de 30 itens de material de construção e acabamento, como cimento (de 4% para zero), tintas e vernizes (5% para zero), e chuveiro elétrico (5% para zero).




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