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Polícia apreende 40 CPUs de lan house
Por Luciana Yamashita
Do Diário do Grande ABC
04/02/2008 | 07:03
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Após denúncia veiculada pelo Diário no último sábado, o SIG (Setor de Investigações Gerais) da Delegacia Seccional de Santo André, responsável também por Ribeirão Pires, apreendeu 40 CPUs dos computadores da América Lan House para perícia.

Segundo constatou a reportagem, a lan house, localizada no Centro de Ribeirão Pires, funcionava como fachada para uma casa de jogos caça-níqueis. As apostas em dinheiro eram feitas em computadores convencionais.

O delegado seccional, Luiz Carlos dos Santos, determinou “a plena e imediata apuração do evento”.

Por volta das 22h de sábado, uma equipe do SIG foi ao local, que estava fechado. Enquanto os policiais esperavam a expedição do mandado de busca e apreensão, duas funcionárias da lan house, A.S.F, 32 anos, e M.R.B, 23, passaram pelo local e perguntaram o que estava ocorrendo.

As moças estavam com a chave do estabelecimento. Na seqüência pediram autorização para uma pessoa por telefone celular e abriram a lan house.

Não foi necessária a determinação judicial. As atendentes disseram aos policiais que desconheciam a prática de jogos caça-níqueis no local.

Denúncia - Reportagem publicada no sábado mostrou que os jogos caça-níqueis estavam disponíveis nos computadores.

Na primeira visita à loja, foi constatado que o local não funcionava somente como uma lan house comum e cobrava R$ 5 por hora de internet, quando a média do mercado é a metade desse valor. Na sexta-feira passada, o esquema foi comprovado. Uma atendente explicou ao Diário que a aposta mínima era de R$ 5, pagos à funcionária.

Outro lado - Questionada, uma das proprietárias da América Lan House, Soraia do Carmo Peneguini, afirmou que a denúncia não procede. “A perícia vai constatar que não tem jogo nos computadores. Vou correr atrás e serei indenizada.”

Soraia disse ainda que o estabelecimento ficou fechado no sábado devido à folga que deu aos funcionários no Carnaval.

A casa tinha 25 computadores à disposição do público. O restante das máquinas apreendidas estava na reserva, caso algum computador apresentasse defeito.

“Disseram que a perícia pode levar até um ano. Terei um gasto excessivo com novas CPUs com o qual não estava contando. Tenho filho para criar”, afirmou.

A proprietária frisou que desconhece a prática de jogos na casa. Segundo ela, a lan house estava em funcionamento desde julho do ano passado, em sociedade com dois irmãos.



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