Setecidades Titulo Santo André
Ônibus param de circular
mais cedo por medo de ataques

Segundo motoristas, três veículos teriam sido apedrejados
ontem; os ônibus deixaram de circular por volta das 22h30

Rafael Ribeiro
do Diário do Grande ABC
13/11/2012 | 07:00
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Atos de vandalismo que teriam sido registrados contra três ônibus em Santo André, nos bairros Camilópolis e Parque Capuava, além de supostas ameaças a funcionários, fizeram com que a empresa União Santo André suspendesse o serviço mais cedo ontem, por medida de segurança. Os ônibus deixaram de circular no terminal da região central por volta das 22h30. Desavisados, passageiros precisaram pedir carona a parentes, usar táxi ou ir a pé.

Foi o segundo dia seguido em que o serviço foi prejudicado na cidade. No domingo, por conta de supostas ameaças feitas a funcionários, motoristas e cobradores da Expresso Guarará pararam. Ontem, a operação estava normal. "A ordem é para trabalhar. Claro que, se houver alguma situação de risco aos funcionários e usuário tomaremos nossas medidas de segurança e esse posicionamento pode mudar. Mas, até agora, não tem nada disso", disse o diretor da Guarará, Francesco Tripicchio.

Segundo funcionários da União Santo André, houve ato de vandalismo na Avenida dos Estados e dois na Avenida Martim Francisco. Homens armados com pedras e pedaços de madeira quebraram vidros e amassaram a lataria dos carros. Ninguém ficou ferido. Os casos serão investigados pela Polícia Civil.

Por volta das 21h30, motoristas e cobradores que trabalham em linhas que atendem a favela do Gamboa disseram ter sido ameaçados por homens armados. Não houve registro de ocorrências do tipo, segundo a polícia.

"A ordem de parar veio da direção (da empresa) e acho acertada. O risco de trabalhar está muito grande. Infelizmente a população vai pagar, mas temos que pensar na nossa integridade", disse um funcionário, que não se identificou.

Um aviso sonoro no Terminal de Santo André confirmou que as 13 linhas da empresa que passam pelo local deixariam de circular a partir das 22h30. Mesmo assim, sem informações, muitos passageiros aguardavam na fila. "Falaram que estava acontecendo algo, mas não pensei que fosse isso", disse a operadora de telemarketing Eunizete Agria do Nascimento, 48 anos, que trabalha no Centro de São Bernardo e mora no Parque Marajoara. "Não tem jeito, vou ter que ligar em casa para virem me buscar."

O Diário procurou a assessoria do Sintetra (Sindicato dos Rodoviários do Grande ABC), representante dos motoristas e cobradores, mas não conseguiu contato.

"As empresas estão fazendo isso por conta própria", disse o coronel José Belantoni Filho, comandante da Polícia Militar na região.

Na última semana, um ônibus foi incendiado na Vila Suíça. Em outubro, um coletivo foi atacado na Vila Conceição, em Diadema, onde houve mudança de itinerário. (Colaborou Cadu Proieti)




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