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Baderna continua na Rua das Figueiras, em Sto.André
Evandro De Marco
Do Diário do Grande ABC
07/02/2011 | 07:02
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Mesmo com a ação comandada pela SSPUT (Secretaria de Segurança Pública Urbana e Trânsito), a bagunça e o barulho intenso persistem ao longo da Rua das Figueiras, no bairro Jardim, em Santo André.

A aglomeração de pessoas nas calçadas, que chega a invadir as vias, atrapalha quem passa a pé ou transita em veículos. São, na maioria, jovens que preferem ficar do lado de fora dos bares e restaurantes para aproveitar a noite.

A equipe do Diário voltou a flagrar adolescentes fazendo uso de bebidas alcoólicas nas calçadas da Figueiras, apesar da presença da Guarda Civil Municipal e da Polícia Militar. "Minha família sabe que bebo e não vou parar só por causa disso", afirmou um adolescente de 16 anos.

Moradores reconhecem melhora na situação, mas ainda se dizem insatisfeitos com os resultados obtidos durante os três últimos fins de semana. "Já estamos conseguindo dormir melhor. Mas a baderna continua", disse uma esteticista de 39 anos, que pediu para não ser identificada.

Um aposentado de 61 anos, morador da Rua das Aroeiras - uma travessa da Figueiras - comemora a diminuição do volume das caixas de som dos veículos que circulam pela região. "Os carros vinham com o som na maior altura e com músicas de letras de baixo calão."

Ainda assim, o aposentado prevê a instalação de janelas antirruídos e pede a instalação de um posto da Polícia Militar no local. "Precisamos de, pelo menos, uma base móvel da PM, nem que seja só aos fins de semana, porque tem muita gente nessa região."

O DST (Departamento de Segurança de Trânsito) tem utilizado dicibelímetros para medir a intensidade do barulho vindo do interior dos veículos e o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental) também adota o aparelho nos estabelecimentos, mas o próprio barulho dos carros passando na via interfere no resultado obtido. "Nos estabelecimentos, o limite é de 55 decibéis, mas só na rua chegamos a 75", ressaltou o agente ambiental do Semasa Alexandre de Oliveira.

Para o assistente da Secretaria de Segurança Vladimir Duarte, há limites para operação que acabam refletindo na ação dos frequentadores da região. "Enquanto estiverem nas calçadas só gritando, mas sem ofender ninguém, não temos o que fazer."

 Ao término da fiscalização, o retorno da bagunça

 Nos três últimos fins de semana, a SSPUT (Secretaria de Segurança Pública Urbana e Trânsito) tem conseguido, por meio de suas operações realizadas nas noites de sexta-feira a domingo, diminuir os transtornos aos moradores da região da Rua das Figueiras. Mas basta a retirada das viaturas da Guarda Civil Municipal, Departamento de Segurança de Trânsito e da Polícia Militar para a situação voltar a lembrar as circunstâncias que ocorriam anteriormente.

Por volta das 3h de ontem, a equipe do Diário flagrou jovens gritando pelas calçadas, já bem menos povoadas do que horas atrás, e carros passando com som em volume alto, além de uma picape preta estacionada em cima da calçada na esquina entre as ruas das Figueiras e Aroeiras com os alto-falantes a pleno vapor.

"Antes a gente não dormia nada. Agora, pelo menos, dorme até terminar a operação, mais ou menos no meio da madrugada", brincou.

Ontem à tarde continuava sendo comum o trânsito de veículos na região com som em altura excessiva.




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