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Fintech pode ajudar a combater o financiamento do terrorismo, diz Lagarde
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22/06/2017 | 05:34
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A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI)Christine Lagarde, destaca em discurso nesta quinta-feira a importância do uso de tecnologia financeira, a fintech, no combate ao financiamento do terrorismo. De acordo com Lagarde, a fintech pode identificar o fluxo financeiro dos grupos terroristas, além de ajudar a proteger sistemas financeiros contra o ciberterrorismo.

"Um bom exemplo é a tecnologia da 'contabilidade distribuída', que sustenta as moedas virtuais e outras aplicações. Essa tecnologia é menos vulnerável a um único ponto de falha e pode se mostrar resiliente a ciberataques porque o registro de transações existe em cópias múltiplas", cita Lagarde em discurso preparado para reunião do Grupo de Ação Financeira Internacional (FATF, na sigla em inglês), em Valência.

Ao apontar prioridades do FATF e do FMI, Lagarde também frisa o combate à corrupção e à evasão fiscal. Segundo a chefe do FMI, em breve o órgão irá divulgar uma nova análise que indica como a corrupção sistêmica "pode minar a capacidade de um país de crescer de forma sustentável e inclusiva". "A enorme evasão fiscal é um fator-chave, porque ela costuma significar menos receita federal, maior dívida pública e menos investimento em saúde, educação e outros serviços públicos", disse.

Por fim, Lagarde destaca a importância de dar suporte a países que correm risco de perder serviços bancários vitais que os mantêm conectados ao sistema financeiro global. "Essa questão tem muitas dimensões, envolvendo reguladores, a indústria financeira e os países afetados", afirmou.

Lagarde conclui o discurso ressaltando a necessidade dos países membros do FMI se manterem unidos para promover integridade financeira e crescimento inclusivo para o benefício de todos. (Flavia Alemi - flavia.alemi@estadao.com)




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