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Cesp será privatizada
Wilson Marini
Da APJ
22/06/2017 | 07:00
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A tradicional Cesp (Companhia Energética de São Paulo) se aproxima da privatização, prevista já para o segundo semestre deste ano. O aceno, iniciado em 2016 pela Secretaria estadual de Energia e Mineração, se transformou agora em tendência tida como certa no mercado financeiro e de capitais de São Paulo. A venda será consumada por leilão que está sendo definido a toque de caixa. A meta é realizá-lo entre setembro e outubro, no máximo. O preço mínimo será divulgado nos próximos 30 dias. O valor da Cesp será calculado com base na previsão de geração de caixa. Esta semana, a notícia ganhou força com a divulgação de que o governo estadual decidiu recomendar o prosseguimento da privatização da empresa. Além da hidrelétrica de Porto Primavera, que tem 1.540 megawatts (MW) de potência, a Cesp tem ainda as concessões de Paraibuna, com 87 MW e vencimento em março de 2021, e Jaguari, que tem 27,6 MW de potência e a concessão termina em maio de 2020.

Negócios no Interior
- A rede de fast-food de comida mexicana Taco Bell abrirá pontos de venda em Piracicaba, Ribeirão Preto, São José dos Campos e Sorocaba. Já funciona em Campinas desde dezembro de 2016.
- A Fundação BNP Paribas vai investir R$ 22 milhões até 2019 em projetos sobre mudanças climáticas. As universidades paulistas estão envolvidas.

Cartel da laranja
A CPI que investiga prática de cartelização por parte da indústria da citricultura no Estado de São Paulo colheu duras críticas ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Flávio de Carvalho Pinto Viegas, presidente da Associtrus (Associação Brasileira de Citricultores) lembrou que, em 1992, quando citricultores tentaram criar a Frutesp, o Cade teria “inocentado” as fábricas de citrus, apesar da discrepância de preços adotada pelo cartel para eliminar a cooperativa de produtores. De US$ 10, uma caixa de laranja passou a custar US$ 2, inviabilizando a concorrência dos pequenos e médios produtores com a indústria. No ano seguinte, foi firmado um termo de compromisso de cessação, “que nunca foi cumprido”.

Há 40 anos
Segundo Viegas, o cartel da citricultura teria sido iniciado em 1976 e continuaria a operar até hoje. Além disso, os valores do suco de laranja comercializado no Porto de Santos estariam “bem abaixo” dos praticados na Europa, o que teria causado prejuízo de US$ 10 milhões aos produtores nos últimos dez anos. Deputados tentarão viabilizar junto ao Cade a estruturação do Consecitrus (Conselho dos Produtores de Laranja e da Indústria de Suco de Laranja) como mecanismo estável e transparente de preços.

Preço baixo
Antonio Júlio de Junqueira Queiroz, representante da Sociedade Rural Brasileira, disse que o primeiro caso de leniência no Brasil foi o do cartel de citricultura. Declarou que há 18 anos vem registrando irregularidades cometidas pelas empresas. Não só os produtores, mas também as prefeituras e o Estado foram prejudicados por sonegação fiscal nas operações montadas pelo cartel da citricultura, disse ele. José Eduardo de Paulo Alonso, da Faesp (Federação da Agricultura do Estado de São Paulo), disse que “o preço do suco nunca cai, mas o da fruta sim, prejudicando os produtores rurais".

Pauta na Assembleia
- A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que apura irregularidades de operadoras de planos de saúde convocará os presidentes da Amil, Unimed Brasil e Sulamérica e a Agência Nacional de Saúde.
- O deputado Luiz Fernando Teixeira entrará com uma representação no Ministério Público contra a instalação de uma termoelétrica em Peruíbe, na Baixada Santista.

Desastres naturais
O Observatório dos Desastres Naturais, da CNM (Confederação Nacional de Municípios), foi criado para monitorar informações sobre os prejuízos financeiros causados pelo excesso de chuva ou seca, bem como as estruturas de resposta a desastres disponíveis nos municípios. O hotsite traz ainda um conjunto de materiais técnicos, entre estudos e cartilhas, que podem fornecer elementos aos gestores municipais sobre como acessar recursos federais para recuperação das áreas afetadas.

Feiras e exposições em São Paulo
- De 17 a 20 de julho, a Eletrolar Show apresentará 700 marcas e 10 mil produtos no Transamerica Expo Center. É destinada exclusivamente a negócios. Em paralelo, ocorrerá o Smartphone Congress & Expo, cujo setor obteve cerca de R$ 40 bilhões de faturamento em 2016 e apresentará produtos do segmento mobile, entre eles m-commerce, atuação omnichannel, showrooming e BigData.
- A Fipan (Feira Internacional de Panificação, Confeitaria e Varejo Independente de Alimentos) ocorrerá de 26 a 29 de julho no Expo Center Norte. Haverá demonstrações e cursos, além da Arena do Confeiteiro e palestras de grandes nomes da confeitaria brasileira e expositores especializados em pizza. 




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