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Se organizar, todo mundo se diverte

Chegada do Carnaval serve como influenciador externo para agito dos hormônios

Luís Felipe Soares
26/02/2017 | 07:05
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O Carnaval é conhecido como o feriado no qual (quase) tudo é permitido. Os dias de Folia são capazes de aflorar a sexualidade das pessoas, com os jovens tendo de lidar com a ebulição dos hormônios ao mesmo tempo em que recebem sinais de todos os lados de que o sexo está em alta durante a festa. Assim como no restante do ano, é preciso estar ligado para os cuidados em relação a toda curiosidade sobre os desejos do corpo para que tudo ocorra de maneira saudável. Se organizar, todo mundo se diverte.

A procura por relação sexual ocorre cada vez mais cedo. Segundo a pesquisa Durex Global Sex Survey, realizada no Brasil em 2012 por marca de preservativos internacional, os brasileiros têm perdido a virgindade aos 13 anos, em média – o número é o mesmo levantado em países como Estados Unidos e Austrália. “Esse fato é determinado por vários fatores, desde a questão biológica, com o amadurecimento física mais rápido, até as mudanças dos costumes sociais, como o aparecimento da pílula anticoncepcional”, explica a doutora Ligia de Fátima Nóbrega Reato, professora responsável pela disciplina de Hebiatria da Faculdade de Medicina do ABC. 

Um ponto importante é saber lidar com o bombardeio de informações – principalmente visuais – que remetem ao universo libidinoso. As influências vindas com o Carnaval são bem mais culturais do que algum tipo de imposição. “Há outras festas com características semelhantes. Esse feriado tem a ideia do ‘liberou geral’ e afeta todos os grupos sociais. A diferença é que um jovem adulto, se imagina, tem maior segmentação das informações e mais cuidado, mas os adolescentes são onipotentes ainda, achando que as coisas ruins nunca irão acontecer com eles”, afirma a médica hebiatra.

É preciso estar alerta à briga entre tesão e razão, uma vez que os lados devem encontrar ponto de equilíbrio para que as experiências sejam saudáveis. O projeto Este Jovem Brasileiro, desenvolvido pelo Portal Educacional em parceria com o psiquiatra Jairo Bouer, conversou, em 2014, com cerca de 6.000 estudantes com idade entre 12 e 17 anos. O resultado da pesquisa mostrou que 54% dos entrevistados usam preservativo regularmente e que 45% fazem uso de outros métodos anticoncepcionais. Com quase três décadas de experiência atendendo jovens, a doutora Ligia percebe que não há muita preocupação quanto à saúde por parte do seus pacientes mais recentes. “Os meninos estão preocupados com o desempenho, com as meninas ligadas mais ao aspecto afetivo do relacionamento. As famílias delegam muito essa conversa para as escolas, que abordam o tema do comportamento de risco e não expõem questões que os adolescentes têm mais interesse, caso do prazer. Todos precisam ser trazidos para a realidade.” 




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