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Não há pistas sobre mãe do bebê abandonado
Maíra Sanches
Do Diário do Grande ABC
23/08/2011 | 07:08
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Orlando Filho/DGABC


O caso do recém-nascido que foi abandonado na manhã de domingo dentro de uma mochila no Jardim Columbia, em Mauá, segue sem solução. A polícia não tem pista sobre quem seria a mãe ou de alguém que tenha contato com a família. O quadro de saúde do bebê, que pesa 2,8 quilos e mede 48 centímetros, continua estável. Ele segue internado na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Hospital Nardini e se recupera bem. Não há previsão de alta.

A criança, que ganhou o nome simbólico de Arthur da equipe médica, foi encontrada por volta de 9h30, por meio de denúncia anônima, atrás de uma quadra de futebol, no pé de um barranco, à Rua Raul Seixas. A ligação foi feita por um homem que disse ter recebido o recado de uma menina para comunicar a polícia.

O soldado Osmar José, que participou do resgate, disse que logo que chegou próximo ao barranco percebeu movimento na mochila. O bebê foi encontrado enrolado em pano com sangue, respirando e ainda com o cordão umbilical.

A denúncia foi feita de um telefone público na Avenida Saturnino João da Silva, no Jardim Zaíra, a 600 metros de onde estava o bebê. Ontem, policiais percorreram as imediações da avenida em busca de filmagens de câmeras de segurança que pudessem ajudar a identificar o autor da denúncia, mas nada foi encontrado. O mesmo trabalho foi feito na vizinhança do Jardim Columbia, também sem sucesso. No domingo, a equipe do Diário esteve no local e constatou que moradores próximos não perceberam movimentações suspeitas pela manhã.

A polícia acredita que o próprio denunciante tenha envolvimento no caso. "É a principal suspeita, mas nenhuma hipótese pode ser descartada. Contamos com a ajuda dos moradores para colaborar com a investigação", disse o delegado titular do 3º Distrito Policial da cidade, José Geraldo de Lima.

O hospital informou que ainda é cedo para destinar a criança para adoção, visto que a investigação está em curso e que algum responsável pelo menino pode buscar por notícias.

Representantes do Conselho Tutelar de Mauá já visitaram o recém-nascido. O crime foi qualificado como abandono de incapaz.




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