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Diferença no preço do ventilador é de 24%
Por Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
09/02/2011 | 07:02
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Tiago Silva/DGABC


Com a alta temperatura transformando-se em sinônimo de bons negócios para fabricantes e varejistas devido à alta nas vendas de ar-condicionado e ventiladores, é necessário pesquisar antes da compra, pois a diferença de preço no mesmo produto chega a 24%.

A equipe do Diário constatou que um ventilador de mesa com 30 centímetros de diâmetro vendido em Santo André por R$ 79,98 custa em São Caetano R$ 99,90. Ainda em território são-caetanense, um modelo mais popular que sai por R$ 49,90 é encontrado por R$ 56,70 na esquina seguinte.

Os órgãos de defesa do consumidor recomendam cautela antes de qualquer compra. Para economizar bons trocados é importante verificar os valores em diversos estabelecimentos e, se possível, na internet.

No caso do ar-condicionado, o modelo Split de 9.000 BTUs (unidade de medida que determina potência do aparelho) foi encontrado por R$ 999 em São Caetano, enquanto um estabelecimento andreense oferecia o mesmo produto por R$ 1.198. Neste caso, o parcelamento em 12 vezes na primeira loja acarreta em juros de R$ 199,56.

AQUECIMENTO - Para não faltar ar-condicionado e ventilador nas lojas, como aconteceu no ano passado, varejo e indústria fizeram programações de vendas no início do semestre passado. Naquela época, não eram esperadas temperaturas tão elevadas, pegando o setor de surpresa.

Somente em janeiro, a comercialização de ar-condicionado em uma rede de hipermercados saltou 190% frente a igual mês do ano passado, com destaque para as últimas duas, quando o calor foi mais intenso. Os estoques dos itens para este verão estão reforçados.

Na concorrente, os tradicionais ventiladores registraram avanço de 75% nas vendas em relação ao mesmo período de 2010. Já entre os equipamentos de ar-condicionado o resultado foi 150% melhor. Uma multinacional francesa afirma que a reposição do produto acontece normalmente.

De maneira geral, ambos produtos estão com preços semelhantes aos praticados no ano passado, mesmo com altas pontuais nos valores de insumos importantes como o aço e o plástico, esses reajustes não foram repassados para os consumidores neste início de ano.

Uma rede norte-americana também negociou as compras com antecedência para atender a forte demanda da estação. Neste período sazonal, a saída de ventiladores foi alavancada em 70% frente ao mesmo período de 2010. A previsão é de que até o fim do verão atinja alta de 80%.

Por fim, a principal rede varejista do País aponta que considerando o período de 22 de janeiro até fevereiro deste ano, as vendas dos aparelhos praticamente dobraram na rede. Outro detalhe é que o público está dando preferência ao modelo Split (com design moderno) em relação ao tradicional ar-condicionado de janela.

 

Indústria aumenta produção para evitar desabastecimento

Ao contrário do ano passado quando os consumidores tiveram dificuldade para encontrar ar-condicionado e ventiladores nos estabelecimentos da região, neste verão os produtos são expostos até nas calçadas para atrair a atenção do público.

Mesmo com o produto girando mais rápido no varejo, a indústria está garantindo abastecimento regular. O gerente de produtos de ar da LG Eletronics, Mauro Apor, confirma que a capacidade de produção não acompanhou a demanda em 2010.

Logo no semestre passado, a fabricante investiu na capacidade de produção, equipe de vendas e novidades para atender nicho que cresceu 208% no quarto trimestre do ano passado em comparação com 2009. "O volume de vendas triplicou e continua alto no início deste ano. É uma tendência irreversível", dispara.

Entre os ventiladores, produtos mais acessíveis que os aparelhos de refrigeração, o desempenho também é animador, segundo a fabricante Arno. Neste caso, as classe C e D são o motivo da alegria, pois com a renda maior esses consumidores estão investindo em produtos com valor agregado maior, diz o gerente de produtos, Joaquim Alfani.

Ele destaca que desde 2009 o desempenho vem crescendo 20% ao ano. "Apenas em janeiro as vendas foram 15% maiores frente ao mesmo período do ano passado." A empresa fez planejamento com o varejo para evitar que falte produto durante a alta estação, além de ter segurado os preços para manter a competitividade.

 

ProTeste constata falhas na segurança dos aparelhos

Riscos de incêndio, choque e corte foram detectados em avaliações realizados pela ProTeste - Associação dos Consumidores em cinco modelos de mesa com 30 centímetros de diâmetro. Em 2005, todos os modelos testados pela entidade foram eliminados por questões de segurança.

O resultado obtido na avaliação realizada neste ano foi muito semelhante ao anterior, com apenas um modelo conseguindo resultado favorável. A entidade de defesa do consumido salienta que mesmo assim, sua utilização deve ocorrer de maneira supervisionada para evitar acidentes.

ITENS ANALISADOS - Neste ano, foram examinadas a eficiência da ventilação e a segurança do produto. Um item considerado foi a segurança do aparelho caso pegassem fogo, devido ao curto-circuito ou mau contato.

Também foi verificado se o ventilador permitiria acesso às chamadas partes vivas do durante o uso, como a fiação do motor e as hélices.

Diante dos resultados obtidos, o órgão de defesa do consumidor não recomenda que os consumidores durmam com os equipamentos de ventilação ligados para evitar superaquecimento.




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