Cultura & Lazer Titulo
Integração regional
Por Thiago Mariano
Do Diário do Grande ABC
22/08/2011 | 07:11
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Está cada vez mais próxima a possibilidade de o Grande ABC ser contemplado por projetos que integrem os municípios e os artistas em um calendário fixo, elaborado exclusivamente para a região.

A informação foi dada com exclusividade ao Diário pelo secretário de Estado da Cultura, Andrea Matarazzo, que revelou que as ações estão em fase de conversas preliminares com o Consórcio Intermunicipal. A intenção é criar para o Grande ABC uma Virada Cultural e um Circuito Cultural, que funcionariam nos mesmos moldes dos que já estão implementados no Estado inteiro.

O programa permite a circulação regular de espetáculos de teatro, música, dança e circo, além da exibição de filmes e da realização de oficinas com grupos artísticos. Neste caso, os benefícios seriam apenas para moradores da região.

"Tivemos uma primeira reunião inspirada por João Manoel da Costa Neto (assessor técnico de Gabinete), que trouxe os problemas do Grande ABC para a secretaria, dos artistas locais sem aproveitamento. A ideia é formatar programas regulares aproveitando a produção regional", revelou Matarazzo.

Procurado, o Consórcio Intermunicipal confirmou, por nota, o esboço de projeto e disse que trabalha para pôr no papel a ideia da Virada Cultural regional, que será entregue à secretaria estadual em setembro. Desde 2008, a região recebe a Virada Cultural Paulista (nas três primeiras vezes, em São Bernardo e, neste ano, em Santo André).

O secretário disse que volta a conversar com os integrantes da instituição intermunicipal ainda nesta quinta-feira e em nova reunião, marcada para o dia 15. "A ideia é que os projetos comecem no ano que vem."

Hoje não existe nenhum projeto estadual efetivo para o Grande ABC. Artistas regionais disputam vagas nos programas que contemplam São Paulo inteiro, como o ProAC, para fazer circular suas produções e garantir o apoio para conseguir levantá-las.

"O Grande ABC tem um ativo artístico grande, é uma das regiões mais desenvolvidas e tem criação artística própria, mas sofre do mesmo problema das outras regiões metropolitanas. Os artistas precisam circular, encontrar meios de levar o público para a cidade deles e ao mesmo tempo buscar público em outras cidades", acredita Matarazzo.

Para o secretário, o projeto é o início de um tempo de integração maior entre as regiões metropolitanas e a Capital, sem detrimento de uma para outra. "O interessante é trabalhar em conjunto, com sinergia entre as diversas cidades. Vimos que o Grande ABC está organizado para que tudo dê certo", diz.




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