O ex-vereador de Rio Grande da Serra Merisvaldo Lima Santos (PSDB) é investigado pela Prefeitura de Ribeirão Pires por irregularidade no exercício da profissão, já que ele é guarda-civil municipal. O tucano é acusado de não comparecer ao trabalho e chegar atrasado para suas funções.

De acordo com documento publicado na semana passada pela administração de Adler Kiko Teixeira (PSB), Merisvaldo é suspeito de “não ser assíduo e pontual, não manter o espírito de colaboração e solidariedade com os colegas de trabalho e não comparecer ao serviço com assiduidade e pontualidade nas horas de trabalho ordinário e extraordinário”.

O documento ainda informa que a comissão responsável terá 60 dias para concluir o relatório final. Caso não esteja finalizado neste período, o prazo será estendido por mais 60 dias.

Merisvaldo tentou se eleger vereador em Rio Grande no ano passado, mas ficou como primeiro suplente. Estando no mesmo partido do prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (PSDB), o ex-parlamentar faz parte do grupo aliado ao governo. Além disso, Maranhão é apadrinhado do prefeito da vizinha Ribeirão Pires, Adler Kiko Teixeira (PSB). Quem abriu o processo de sindicância foi justamente a administração do socialista.

Merisvaldo foi licenciado de sua atuação pública no período eleitoral em 2016, ficando, assim, sem remuneração de guarda-civil para ser candidato a vereador em Rio Grande. Em outubro, depois de não ser eleito, voltou ao cargo. Agora, em janeiro de 2017, está de férias.

Caso seja comprovado que Merisvaldo não comparecia ao serviço, o ex-vereador e hoje servidor público pode ser, de acordo com a Prefeitura, reprimido ou exonerado.

Os responsáveis pela comissão de averiguação são Carlos de Brito Araújo, exercendo função de presidente, e os integrantes Sandra Helena Silva Catezani e Júlio César.
Procurado para comentar o assunto, Merisvaldo não respondeu às ligações do Diário.

A bancada tucana em Rio Grande possui três vereadores: o presidente da Casa, João Mineiro, Bibinho e Agnaldo Trazibulo.