Política Titulo São Bernardo
MP vai arbitrar nova eleição no Sindserv

Em São Bernardo, concorrentes ao sindicato do funcionalismo arrastam disputa desde setembro

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
18/06/2016 | 07:00
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Ricardo Trida/DGABC


Concorrentes à presidência do Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) de São Bernardo, as chapas 1 e 2, que brigam judicialmente pela legitimidade do resultado da apuração desde setembro, concordaram ontem com a mediação do MP (Ministério Público) para a realização do pleito definitivo.

Em reunião comandada pela juíza Roseli Yayoi Okazava Francis Matta, titular da 3ª Vara do Trabalho de São Bernardo, ficaram determinadas novas regras para o processo interno, todas auditadas pelo MP. Entre as principais modificações estão a troca das cédulas de papel por urnas eletrônicas, com locais já prestabelecidos. A decisão final para definição de nova eleição foi marcada para sexta-feira, quando os representantes voltam a se encontrar na 3ª Vara do Trabalho. Caso haja consenso, as ações impetradas ao longo do processo eleitoral serão anuladas, conforme acordo em reunião.

Representante da chapa 1 e presidente do Sindserv, Giovani Chagas revelou que o entrave para definição era pela mediação do MP. “Este era o principal ponto em que a discussão travou. Mas temos toda a disposição que o processo seja feito. Se tudo der certo na sexta-feira, vamos correr para estabelecer os prazos, com abertura para outras chapas entrarem na disputa, para homologar publicação para o pleito”, apontou Chagas, confiante que, em período de 30 dias, nova eleição possa ser realizada.

Líder da chapa 2, pela oposição, Marcelo Siqueira esclareceu que fará ampla revisão na nova proposta para pleito interno. “O principal ganho para nós foi a inserção das urnas eletrônicas, desde o começo era uma reivindicação do nosso grupo. No entanto, vamos conferir todos os itens do texto. Vamos avaliar também a questão da disposição das urnas, que é fundamental estar bem esclarecida”, frisou Siqueira.

Em setembro, a chapa oposicionista, liderada por Siqueira, venceu o pleito por diferença de 51 votos. Dias depois, Chagas denunciou fraude na lista de votantes. A comissão eleitoral, formada por maioria ligada a Chagas, acatou a representação e determinou a recondução do processo eleitoral. Contrariado, Siqueira ingressou com ação na Justiça.

Nova eleição foi realizada em 28 de novembro. Desta vez, a oposição acusou os situacionistas de sumirem com uma das urnas de votação. O caso foi parar na polícia, porque militantes de Siqueira disseram ter sido agredidos por seguranças ligados a Chagas, o que ele nega. Apesar de toda confusão, a comissão eleitoral homologou a vitória de Chagas.

Na ocasião, o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) pediu anulação do segundo pleito, com a manutenção de Chagas por ele já ocupar a presidência do sindicato. O TRT já opinou pela realização de nova eleição. 




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