"Não poderemos manter o caráter judeu e democrático do estado se continuarmos reinando sobre um milhão de palestinos", declarou Sharon num discurso na Escola de Guerra. Foi a primeira vez que primeiro-ministro apresentou de forma tão taxativa o argumento em defesa do fim dos assentamentos judeus, utilizado geralmente pela oposição trabalhista.
"Não podemos ignorar os elementos demográficos", acrescentou Sharon, referindo-se ao fato de que os palestinos estão a ponto de se tornar majoritários entre o Mediterrâneo e o Jordão. Segundo as projeções demográficas, os judeus, atualmente 5,2 milhões, serão minoria no final desta década no território que inclui Israel, Cisjordânia e a Faixa de Gaza.
O primeiro-ministro destacou que para conservar colônias nos territórios palestinos da Cisjordânia, Israel terá de renunciar às da Faixa de Gaza.
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