A vitória de virada por 2 a 1 sobre o Avaí, no domingo, no Pacaembu, reflete bem o que o corintiano terá pela frente na reta final de Brasileirão: sofrimento. O torcedor que prepare o coração, pois, com o técnico Tite no comando, vitória por placar apertado é a marca registrada.

Apenas neste Brasileirão, 13 das 17 vitórias do Corinthians foram por diferença de um gol. Cinco delas vieram somente após viradas. Mesmo os 2 a 0 no Botafogo, em São Januário, saíram com bastante aperto, já que o segundo gol corintiano foi marcado aos 49 minutos do segundo tempo.

No ano passado, foram cinco vitórias do Timão na reta final do Brasileiro - Tite assumiu o cargo a oito jogos do final do campeonato - e duas vezes por 1 a 0, resultado que o técnico parece amar.

Em 2004, em sua primeira passagem pelo clube, Tite assumiu o time em situação difícil, lutando contra a queda para a Série B. Com elenco sem estrelas, usou do discurso de que tinha de ser "equilibrado e competitivo" para buscar a quinta posição. Naquela campanha, foram 18 vitórias, sendo 13 no aperto: dez por 1 a 0 e outras três por 2 a 1.

Tite levou o Corinthians a 40 vitórias em jogos de Brasileiro. Delas, 28 foram pela diferença mínima: 70%. Sufoco que o corintiano já está acostumado e que não seria desprezado nesta reta final, desde que as vitórias saiam, com aconteceu diante do Avaí.

No domingo, o adversário será o lanterna América-MG, em Uberlândia (MG). E Tite já mandou o alerta. "Não tem jogo fácil, moleza. E não vamos subestimar os adversários", afirmou o treinador. "O América fez 4 a 1 no Vasco e vi o jogo contra o Santos, no Pacaembu. Diante de uma adversário forte, eles perderam por 1 a 0, mas tiveram chances para empatar", lembrou.

 O jogo com o próprio América-MG no primeiro turno do campeonato também serve de alerta para o Corinthians. "Eles vieram aqui e dificultaram para caramba", enfatizou Tite, ao falar sobre a vitória corintiana por 2 a 1.