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Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024

Palavra do Leitor
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Palavra do Leitor
A democracia em perigo
Do Diário do Grande ABC
10/07/2019 | 12:10
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 Artigo

Os dados das últimas pesquisas de satisfação com as instituições públicas brasileiras são reveladores da total desconfiança que o povo tem, principalmente com os políticos. A instituição na qual os brasileiros mais confiam é a igreja (a pesquisa da CNT – Confederação Nacional dos Transportes – não menciona uma denominação religiosa específica: católica, evangélica, protestante ou outra). A igreja, ou a instituição religiosa, é merecedora de confiança para 40% dos brasileiros. Em segundo lugar vêm os bombeiros, com 20%, e as Forças Armadas, com 16%.
Breve análise sobre esses números: cerca de 90% dos brasileiros declaram que pertencem a uma religião, ainda que confundam religião com filosofia de vida. De qualquer modo, somos uma sociedade crédula nas coisas do Alto, portanto, é natural que acreditemos na instituição igreja, embora, também neste caso, os números, que sempre foram bem altos, estejam caindo.
Os bombeiros entram em cena em caso de risco, tragédias, situações dramáticas, nas quais colocam sua vida em perigo para salvar os demais. É natural que ocupem o segundo lugar nesta pesquisa. Já com as Forças Armadas podemos refletir um pouco, pois somos uma sociedade que vive em paz com os demais países. Talvez, como não acreditamos nas forças de segurança interna, queremos que as Forças Armadas desempenhem esse papel. Se é assim, é lamentável e muito preocupante.
O grupo que vem a seguir é: Justiça com 10%, polícia com 4%, imprensa com 4%. O número de 10% é, certamente, influenciado positivamente pela atuação do ex-juiz Sergio Moro e da Operação Lava-Jato. Como a polícia é, em geral, repressora, e devido à enorme desigualdade social, é natural que a maioria da população não confie nela. Muito preocupante é essa baixa confiança na imprensa. Nos tempos da internet e redes sociais, ela já não é uma formadora de opinião.
Mas o último grupo é o fundo do poço, é a falência, em poucas palavras, de uma verdadeira democracia: o governo (Executivo) tem 3% de confiança, o Congresso (Legislativo) tem 2% e os partidos, 1%. Ou seja, o povo brasileiro, por esta pesquisa, não tem nenhuma confiança em seus dirigentes políticos. Isso é um absurdo para uma sociedade democrática. Está claro que o sistema político brasileiro está falido, é um cadáver insepulto. Mantém-se, em seu dia a dia, atrapalhando o crescimento do País e o bem-estar dos cidadãos. Então, devemos acabar com a política? Claro que não, devemos contribuir com ela, elegendo bons e conscientes políticos, que se preocupam com o bem comum da população. A democracia, por definição, é o regime político do povo. Cabe ao povo exercer e proteger a democracia.

Celso Tracco é escritor, palestrante e consultor.

Palavra do Leitor

Pacote de mobilidade
Li atentamente a reportagem feita pelo respeitável jornalista Raphael Rocha com o prefeito Orlando Morando (PSDB), de São Bernardo, e confesso que fiquei pasmo (Política, dia 7). O título, inclusive com destaque de capa, nada tem a ver com o texto, visto que o entrevistado em momento algum citou de que forma o Estado fez a reserva de R$ 20 milhões para o projeto da Linha 20-Rosa do Metrô. O verbo reservar, no bitransitivo significa pôr à disposição, destinar e conceder. Para executar essa vultuosa obra será necessário ter dinheiro em caixa para pagar a empreiteira. Morando sequer disse se esse dinheiro já existe.
Arlindo Ligeirinho Ribeiro
Diadema

Irresponsabilidade petista
Sr. prefeito de São Bernardo, tudo que escreveu no Artigo é a mais pura verdade, mas, infelizmente, ainda tem pessoas que por algum motivo acreditam nesses petralhas (Opinião, ontem). Temos de aceitar isso pacificamente. Continue trabalhando sim, pois de trabalho esse pessoal foge. Só sabem fazer falcatruas. Na próxima eleição, essa turma vai definitivamente ser varrida do Grande ABC.
Breno Reginaldo Silva
Santo André

Corrupção
Sabendo o que se sabe hoje sobre os crimes de corrupção que abalaram o País, e tudo que já foi apurado, é inaceitável que alguém saia às ruas carregando cartazes com os dizeres Lula livre. É o mesmo que negar tudo que é lícito e se posicionar abertamente contrário ao estrito cumprimento das leis. Pura e simples!
Gildete do Nascimento
Capital

O campeão voltou – 1
No Maracanã, templo do futebol lotado, a Seleção do Brasil, depois de longa fase de insucessos, conquista o título da Copa América! (Esportes, dia 8) Já que a Seleção de Tite, apesar da dificuldade que enfrentou na partida final do torneio, com personalidade venceu o Peru por 3 a 1! O campeão voltou! É para comemorar! Porém, sem perder de vista a Copa do Catar, em 2022.
Paulo Panossian
São Carlos (SP)

O campeão voltou – 2
É inegável que a seleção argentina foi prejudicada pelo VAR. No jogo contra o Brasil, o árbitro não consultou o VAR nem o VAR informou ao árbitro sobre o pênalti a favor da Argentina e, na sequência do lance, o Brasil fez 2 a 0. No embate Argentina e Chile, Messi foi agredido e expulso sem que, novamente, o árbitro não recorresse ao VAR e o VAR não interferiu contra a expulsão. Mas tais falhas não justificam o exagero de Messi ao afirmar ‘a Copa América foi armada para o Brasil’, quando os erros foram cometidos pelas imperfeições na arbitragem, mesmo dispondo de recursos esclarecedores.
Humberto Schuwartz Soares
Vila Velha (ES)

Ferramentaria
Não há como não se entusiasmar com a possibilidade de empreendimento tão importante como o centro de pesquisa e desenvolvimento de ferramentaria vir para o Grande ABC (Economia, ontem). Não apenas pelo número de empregos a serem gerados – 300, o que acho até pouco –, mas pelo valor agregado que poderia gerar às indústrias locais, que contariam com espaço adequado para desenvolver produtos, além de aproximar o setor industrial das universidades. Mais que torcida, espero que os políticos tenham cartas na manga para não perder este investimento.
Edvaldo Vassaz
Santo André

Reformas
Com amplos e inalienáveis poderes em suas mãos e a título de oposição, falo dos senhores parlamentares, não há argumento que justifique o vigoroso e entusiasmado empenho com que procuram ‘sabotar’ regimentalmente qualquer que seja a iniciativa do governo em tirar o País do profundo caos político e econômico no qual se encontra. Desnecessário falar acerca das inadiáveis reformas.
Eleonora Samara
Capital




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