Início
Clube
Banca
Colunista
Redes Sociais
DGABC

Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024

Palavra do Leitor
>
Palavra do leitor
Apps mitigam desemprego no Brasil
Do Diário do Grande ABC
28/06/2019 | 11:48
Compartilhar notícia


Os brasileiros estão buscando formas de driblar a crise que corroeu sua renda na última década. De acordo com os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o problema do desemprego vai muito além da taxa de 12,5% registrada no trimestre de fevereiro a abril. O tamanho da população subutilizada (28,4 milhões de pessoas) – que agrega desempregados, subocupados por insuficiência de horas e a força de trabalho potencial – bateu o recorde da série histórica iniciada em 2012. E, diante deste cenário, as novas tecnologias dos apps, como o Rappi, Uber, Closeer, 99 e I-Food, que conectam aqueles que querem prestar serviço para recomporem renda e os consumidores, têm amenizado o problema. 

Ao todo são cerca de 4 milhões de pessoas que se beneficiam da tecnologia para obter renda, lista de ‘empregados’ 35 vezes mais longa do que a dos Correios, maior empresa estatal em número de funcionários. Segundo o Instituto Locomotiva, cerca de 17 milhões de pessoas usam algum aplicativo regularmente para obter renda e não poderia ser diferente. Sabe-se que essa situação não deve mudar tão cedo, pois em momentos de crise econômica e baixo crescimento, o último indicador macroeconômico a demonstrar melhora é justamente o índice de desemprego. O problema é ainda maior para segmentos que sofrem com sazonalidades ou picos de demanda pontuais, como é o caso do food service, em que a oscilação do movimento de clientes inviabiliza a manutenção de força de trabalho estável. Neste caso, existe demanda pontual do setor em contratar e mão de obra disponível. O que faltava era como unir o útil ao agradável e a tecnologia viabilizou isso. 

Ainda recente no mercado, a Closeer já reúne quase 4.500 profissionais que estão conectados a 200 estabelecimentos comerciais do setor de food service somente na cidade de São Paulo. E o crescimento, em poucos meses, tem se mostrado exponencial. Levantamento da Closeer com os usuários que usam o app para ampliar a renda mensal demonstra que não é apenas a elevada taxa de desemprego que motiva a busca, mas também o estilo de vida. Os trabalhadores da nova geração querem flexibilidade de fazer seu horário e compor sua renda por meio de metas, ou seja, trabalhar ‘X’ dias da semana de acordo com sua disponibilidade até obter o valor desejado. Os apps da era da disrupção não revolucionaram apenas a relação entre empresas e clientes, mas entre empresas e colaboradores. No caso da economia brasileira, que passa pela pior crise da sua história nas últimas décadas, com retração média anual do PIB per capita de 0,3%, os apps ajudam a mitigar a crise e recompor a renda de alguma forma.

Walter Vieira é empresário.

Ranking 

Bastante interessante a reportagem ‘Pela segunda vez, São Caetano lidera ranking nacional de saneamento’, de autoria da repórter Aline Melo (Setecidades, dia 26), levando-se em conta que a cidade mantém serviços de saneamento básico municipalizados, sob responsabilidade do Saesa (Sistema de Água, Esgoto e Saneamento Ambiental de São Caetano), criado por meio da Lei 5.575, de 8 de novembro de 2017, em substituição ao então DAE (Departamento de Água e Esgoto). Faço essas citações para melhor esclarecer que Santo André (Semasa) e Diadema (Saned), tiveram esses mesmos serviços, devolvidos para a Sabesp, para escapar de enormes dívidas com a estatal. No caso Semasa, lei nesse sentido já foi aprovada e as negociações com a Sabesp já estão adiantadas. Fica aqui a pergunta: qual seria o milagre de São Caetano ter o saneamento básico municipalizado, comprando água da Sabesp por meio do Sistema Cantareira, fazer a distribuição aos consumidores e ainda se responsabilizar pela coleta e tratamento de esgotos? 

Arlindo Ligeirinho Ribeiro

Diadema

O poder do poder

Quem não se lembra da tumultuada Operação Satiagraha lá pelos idos de 2008, que mais tarde acabou sendo anulada, mas que mandou para a cadeia poderosos figurões do colarinho-branco? O delegado da PF (Polícia Federal) Protógenes Queiroz, que na época foi tratado como herói, atualmente vive exilado na Suíça. Salvo as devidas proporções, hoje corre-se o risco de a história se repetir. A bola da vez é a Operação Lava Jato. Quem viver, verá!

José Marques

Capital

Inflação 

Com alta de apenas 0,06% da inflação em junho, vamos comemorar mais um ano de inflação abaixo do teto da meta, de 4,25%. Porém, mantendo-se esse índice inflacionário comportado, como apresentado em junho, a perspectiva do mercado é que também a Selic seja reduzida, dos atuais 6,5% ao ano para 5,75% até dezembro. Também boa notícia! Mas devemos reconhecer que esse quadro não resolve o lado angustiante da nossa economia! Já que, de perspectiva de crescimento do PIB de 2,53%, hoje, com a atividade econômica estagnada, o próprio Banco Central estima para 2019 PIB horrível de 0,8%! Ou seja, pior do que em 2018, de 1%. Desolador! Já que, ainda, convivemos com desemprego que atinge mais 13 milhões de pessoas. Esse quadro poderia estar melhor se Bolsonaro entendesse que no mundo inteiro, e no Brasil não é diferente, o mercado vive de expectativa. E hoje é muito ruim, porque também o presidente é fomentador de crises, e sem nenhum jogo de cintura para dialogar com o Congresso. E fica na espera de que todos lhe digam ‘amém’.

Paulo Panossian

São Carlos (SP)

Crise? Que crise?

É impressionante a quantidade de ofertas de automóveis de alto luxo que diariamente são oferecidos ao público por meio de todos os segmentos da mídia. Diante dessa enorme crise econômica que o País atravessa, quem é que compra essas ‘belezinhas’? Com ironia, por favor!

Gildete do Nascimento

Capital

Floresta?

Jair Bolsonaro pegou muito leve ao responder à primeira-ministra alemã, Angela Merkel, quando foi questionado acerca de desmatamento da nossa Floresta Amazônica. Bolsonaro deveria ter perguntado a ela onde está a floresta virgem que cobria toda a Alemanha e adjacências em passado não muito distante. Ora, com todo o respeito, vá cheirar gás carbônico lá em Berlin, dona Angela!

Eleonora Samara

Capital

Lula

Luiz Inácio Lula da Silva – dizem alguns, o melhor presidente do Brasil – tirou milhões da pobreza e colocou tudo no bolso dele, do PT, dos cumpanherus corruptos e, claro, dos filhinhos. Agora, o nobre juiz de Curitiba manda bloquear mais de R$ 78 milhões dele. Mas só de palestras e propinas da Odebrecht ele levou mais de R$ 15 milhões. Tudo isso sem esquecer do acordo de sangue no valor de R$ 300 milhões com a mesma empreiteira. E ainda tem gente dizendo que o ex-presidente é inocente. Imaginem se ele não fosse!

Antônio José Gomes Marques

Rio de Janeiro

As cartas para esta seção devem ser encaminhadas pelos Correios (Rua Catequese, 562, bairro Jardim, Santo André, CEP 09090-900) ou por e-mail (palavradoleitor@dgabc.com.br). Necessário que sejam indicados nome e endereço completos e telefone para contato. Não serão publicadas ofensas pessoais. Os assuntos devem versar sobre temas abordados pelo jornal. O Diário se reserva o direito de publicar somente trechos dos textos.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.