Mensagem na porta da sala onde se realizam exames de raio X no PA (Pronto Atendimento) Central, em Santo André, revoltou usuários. Funcionários saem para almoçar e deixam recado escrito em folha de sulfite, enquanto a fila para o exame só aumenta.

O servidor público estadual Guilherme Henrique, 29 anos, vivenciou o desrespeito. Ele foi segunda-feira à unidade e teve que esperar uma hora e dez minutos para que os funcionários voltassem do almoço. Henrique chegou ao PA Central por volta das 13h para acompanhar a avó de 88 anos, que precisava fazer o exame de raio X. "O serviço foi interrompido das 13h15 às 14h25. Muita gente com suspeita de fratura ficou esperando por todo esse tempo, algumas até em pé".

Conforme o servidor público, pacientes que estavam na fila disseram que a paralisação ocorre todos os dias. "Se é um pronto atendimento 24 horas, o serviço não pode parar."

Segundo a psicóloga Cleide Lira, 42, que acompanhou um paciente no PA no começo da tarde de ontem, a situação era a mesma. "Cheguei às 13h35 e havia uma placa informando que o serviço voltaria às 14h. Mas doença não tem hora."

De acordo com o artigo 22 do Código de Defesa do Consumidor, "órgãos públicos sob qualquer forma de empreendimento são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos."

A Prefeitura informou que estuda aumentar o número de profissionais por turno a fim de que o problema não volte a ocorrer.