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Tragédia não afasta pedestres dos trilhos
Isis Mastromano Correia
Do Diário do Grande ABC
13/02/2008 | 07:00
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A morte de Maristela Justino de Souza Fraga, 35 anos, no último sábado, não inibiu a travessia irregular pelos trilhos do trem, em Rio Grande da Serra.

Ela foi atingida por uma composição ao resgatar a filha que estava sobre a linha férrea.

Ontem, o Diário percorreu o mesmo trecho em que ocorreu o acidente e constatou que a tragédia não foi capaz de afastar os pedestres dos trilhos.

A reportagem permaneceu no local durante uma hora, no chamado horário de pico, quando o intervalo entre os trens é de cerca de seis minutos. Mesmo com fluxo quase ininterrupto nesse período, inúmeras pessoas cortaram caminho em meio as composições.

Trabalhadores, donas de casa, crianças, famílias inteiras e até ciclistas disputam espaço com os vagões.

Para a maioria, não são os trens os vilões, mas sim, a falta de infra-estrutura nos bairros que ficam no entorno da linha.

“A perua que leva minha filha para a escola não chega na minha rua, pois não tem asfalto. Temos de atravessar por aqui para que ela consiga chegar na aula. Também não tem linha de ônibus”, contou a agente financeira Ana Cristina Borazo, 35 anos.

Ela defende a construção de uma passarela que faça ligação com um escadão próximo do trecho onde aconteceu o acidente com Maristela.

Ao longo da via, foram instaladas placas proibindo a travessia de pessoas.

De acordo com os pedestre habituados à passagem, os avisos não existiam antes do acidente e foram pendurados ontem pela manhã.



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