A noite do dia 12 promete ser repleta de boas vibrações e emoção, mas também de doçura e alguma agressividade.

Todos esses elementos se misturam na receita musical que a cantora baiana Gal Costa traz à região. A artista se apresenta no palco do Espaço de Eventos do Sesc Santo André, a partir das 20h. As entradas podem ser adquiridas nas bilheterias e custam de R$ 8 a R$ 40.

Ela volta ao palco do Sesc andreense após dez anos. Quando passou por lá, em 2004, também pelo aniversário da cidade, ela mostrou o trabalho Todas As Coisas e Eu. Agora, traz na bagagem o show Recanto, nome de seu último título de estúdio.

“Espero que o público goste da apresentação, que se emocione tanto quanto eu me emociono em cima do palco. O show é para vocês”, avisa a cantora.

Em conversa com o Diário Gal fala da apresentação, da nova fase musical, de se inovar e do futuro.

DIÁRIO – Recanto traz uma nova Gal Costa, que interpreta canções com roupagens eletrônicas. Como tem sido essa fase para você?

GAL COSTA – O disco foi um desafio, mas eu gosto muito disso. É um álbum de vanguarda, que me emociona e me instiga muito. Nem todas as canções foram mexidas, algumas continuaram bem tradicionais. Tem sido uma fase muito gostosa. Tenho feito os shows com muito prazer, parece que uma entidade me toma no palco.

DIÁRIO – Adiante um pouquinho do que terá no repertório do espetáculo do dia 12 em Santo André, por favor.

GAL – O repertório é baseado no disco Recanto. As pessoas, com certeza, vão gostar muito. Meu público mais clássico, que possa ter achado o disco estranho, quando assiste ao show entende melhor o que significa o álbum. As coisas mais modernas se misturam com as músicas clássicas e de maneira harmônica.

DIÁRIO – O que há de doce e de agressivo nessa sua apresentação?

GAL – O show é intenso demais, em todos os sentidos. Me emociona todas as vezes, me arrebata. É uma apresentação forte e instigante. Tem espaço para o doce e para o agressivo. Recanto é um conjunto de Gals juntas no mesmo palco. Tem a Gal transgressora, a Gal clássica, a Gal toda. É uma revisitação de tudo que eu já fui, do que eu sou agora e, por que não, de quem eu serei.

DIÁRIO – E no palco, como tem sido a sintonia com a banda que te acompanha?

GAL –  A convivência com os músicos se tornou uma perfeita harmonia. Eles tocam para mim. Há uma troca verdadeira. Tem sido muito bom.

DIÁRIO – Há espaço para improvisos no palco?

GAL – Na verdade tudo foi pensado previamente. Embora aconteçam algumas coisas no improviso, a estética é controlada.

DIÁRIO – Seu último trabalho, do show que traz ao Sesc Santo André, saiu em 2011. Já tem algum plano para o disco sucessor?

GAL – É surpresa ainda. Recanto ainda tem que viajar muito.

DIÁRIO – Falando em Santo André, você cantou no Sesc da cidade há dez anos, também para comemorar o aniversário. Quão especial é para você participar disso novamente?

GAL – É sempre importante fazer parte da história de espaços como o Sesc e ainda mais para comemorar aniversário de uma cidade. Fico feliz de poder contribuir para as comemorações.

DIÁRIO – Recanto é seu 30º disco. É difícil gravar e se inovar após tanta estrada?

GAL – Acho que tenho uma carreira rica, cheia de nuances, mudanças. E eu também acho que essa coisa de dar saltos e mudar é maravilhoso. Sempre gostei muito de coisas novas, de experimentar com novos sons e isso nunca me assustou. Gosto muito do inusitado, do diferente. Gosto do que é vanguarda. Esse aspecto eletrônico sempre esteve presente em minha vida e Recanto se beneficia muito disso.

DIÁRIO – Quais seus próximos planos?

GAL – Finalizar a turnê do Recanto, que me dá um prazer enorme, e começar a pensar no próximo trabalho. Mas ainda é um plano.