Ninguém discute a origem humilde e a categoria do futebol de Neymar. Nem se contesta seu milionário salário. Ele merece!

Se com apenas 18 anos o atacante conquistou esse reconhecimento, é porque ele tem talento.

Nenhum patrão paga um tostão a mais de salário que qualquer empregado merece. E o Santos, para manter seu ídolo no Brasil, está pagando o que ele vale.

É inegável, no entanto, que o comportamento de Neymar mudou. E ninguém teria nada com isso se em alguns momentos ele não tivesse se tornado arrogante e presunçoso.

Alguns colegas de clube já perceberam isso e comentam de forma velada que o atacante não é o mesmo. E chegam a se irritar com algumas de suas atitudes. Os adversários, árbitros e repórteres atestam que a fama e fortuna subiram à sua cabeça. Alguns dizem que ele está insuportável.

Informações de bastidores dão conta que até o pai de Neymar não consegue controlar a vida do garoto. E nem impõe mais respeito.

O que ele fez quarta-feira na Vila Belmiro não pode passar impune. Uma boa conversa, reprimenda e multa o farão refletir melhor.

Ninguém está sendo conservador, nem deixando de entender que o jovem é assim mesmo. O jeito rebelde de agir e se comportar é da idade. Todos nós fomos assim também.

Outros que estão acompanhando tudo isso mais de perto afirmam que se ele não der uma brecada vai acabar se machucando.

Não adianta ter esse talento indiscutível e tornar-se um marginal dos costumes e comportamento. Nesse aspecto a sociedade é implacável.

O atleta, ainda mais, precisa do corpo para desenvolver a sua arte. E mesmo com 18 anos, se não houver moderação uma hora estoura.

Neymar é ídolo e adorado. Mas no fim do jogo contra o Atlético-GO a torcida percebeu o seu exagero. E viu que a participação de Dorival Junior na virada espetacular no placar tinha sido fundamental.

Uma parte da arquibancada gritou o nome do treinador. A outra parte vaiou Neymar. Nada melhor do que a escola da vida. Neymar deve se atentar que a carreira de atleta é curta. Quanto mais foco, melhor.

Cabeça no lugar vale para quem tem bolso cheio ou vazio.