Além dela, Carmen Argibay, membro do TPI (Tribunal Penal Internacional), está prestes a se juntar ao corpo supremo da corte depois de ter participado na semana passada de uma audiência pública, uma nova instância criada por Kirchner e pela qual também passou Highton.
A advogada, 62 anos, prestou juramento nesta segunda-feira ante o titular da Corte, Enrique Petracchi, em uma cerimônia realizada em Buenos Aires, capital. A atual juíza da Suprema Corte é especialista em mediação, que advoga desde 1973.
Elena Highton substituiu o destituído vice-presidente do máximo tribunal, Eduardo Moliné O'Connor. Ele e outros membros de destaque da maior instância jurídica argentina tiveram de abandonar o cargo por acusações de corrupção durante o governo de Menem (1989-1999).
Argibay, 65 anos, é membro do TPI em Haia, na Holanda, onde são julgados os crimes cometidos durante a guerra da ex-Iugoslávia. Se o Senado aprovar sua nomeação, a Corte será integrada por duas mulheres pela primeira vez na história da Argentina.
Highton formou-se em advocacia em 1966, fez inúmeros cursos de pós-graduação na Universidade de Harvard (EUA) e é autora de cerca de 30 livros, a maioria de direito civil, sua especialidade.
A nomeação de Argibay foi questionada por setores da Igreja que denunciaram seu ateísmo declarado, enquanto Highton teve a oposição da organização Pró-Vida e setores ultracatólicos por sua posição a favor do aborto em alguns casos.
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