Palavra do Leitor Titulo
O crime da arma e o desarmamento

Desde o longínquo 1928, quando o imigrante italiano José Pistone...

Dgabc
26/06/2012 | 00:00
Compartilhar notícia


Artigo

Desde o longínquo 1928, quando o imigrante italiano José Pistone matou, esquartejou e despachou dentro de uma mala o corpo da mulher, Maria Féa, a expressão ‘crime da mala' faz parte do jargão policial. A crônica registra outros acontecimentos do gênero em 1966, 1976, 2003, 2010 e agora, com a morte do empresário Marcos Kitano Mitsunaga. A diferença básica é que, nos casos anteriores, a mulher foi a vítima. Mas o que chama a atenção no episódio atual é o encontro, no apartamento do casal, de 30 armas - entre elas fuzis e submetralhadoras - e munição suficiente para 10 mil tiros, material de posse legalizada, segundo a polícia.

Depois de toda a campanha de desarmamento e da ação das polícias, que prendem e processam todo cidadão encontrado com posse de armas, é difícil acreditar que alguém poderia possuir legalmente verdadeiro arsenal dentro de sua própria moradia, numa das áreas mais caras da maior cidade do País. O achado leva a uma série de indagações. Quantos arsenais desse padrão devem existir nas mãos de outros endinheirados? Esses portadores tinham razões objetivas para possuir tais armas? Quanto custa para manter uma arma legalizada? O foco da política de desarmamento é desarmar a população ou arrecadar impostos e taxas?

Filosoficamente, a campanha de desarmamento está correta. A arma pode servir para matar o próprio dono, como ocorreu com o empresário. Mas, na prática, há muito o que se reparar. Desarmar a população sem fazer o mesmo com os criminosos é o ponto mais discutível, pois significa subjugar o cidadão de bem ao seu agressor e dar a esse a certeza de que a vítima não terá como reagir à altura. A sociedade, com isso, fica fragilizada e, a partir daí, surgem os cômodos conselhos partidos das próprias autoridades que têm o dever de proteger o cidadão, para as vítimas não reagirem, instalar câmeras, grades e outros meios de proteção contra os bandidos.

Desarmamento não é tão simples como seus cegos defensores afirmam. O ideal seria que ninguém - ninguém mesmo - usasse armas. A prática brasileira demonstra o total desequilíbrio, com o povo de mãos vazias e o bandido armado até os dentes. Algo de urgente tem de ser feito para contornar a situação. E o Estado tem dever de fazer cumprir o que for determinado. O que não pode é continuar subjugando o povo aos bandidos e aos ricos donos de arsenais que, também, podem acabar caindo nas mãos da criminalidade.

Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente e dirigente da Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo.

PALAVRA DO LEITOR

Erundina

Por essas e outras que a deputada federal Luiza Erundina saiu do PT, partido que criticava Paulo Maluf, Fernando Collor, José Sarney etc. E agora anda lado a lado, uma verdadeira piada para os eleitores da cidade de São Paulo. Como a deputada foi uma excelente prefeita o PT só estava usando-a para puxar voto para seu candidato.

Antônio Marcos Costa, Mauá

Petrobras - 1

É uma vergonha para o povo brasileiro saber que em poucos dias os combustíveis terão aumento dado pelo elefante branco chamado Petrobras. Temos os combustíveis mais caros do mundo e de péssima qualidade para o meio ambiente. Engraçado é que quando indagado, Guido Mantega disse que não sabia de nada e que a responsabilidade seria da presidente da empresa. Se fosse para baixar o preço seria o primeiro a falar e fazer politicagem. O que vemos são altos salários dos funcionários, patrocínios a times de futebol e pouca ou quase nenhuma eficiência nessa empresa. Se a Petrobras é nossa, então deve ser mais bem administrada e não virar cabide de emprego para cumpanheru da Dilma e do Lula ‘Maluf'.

Ailton Gomes, Ribeirão Pires

Petrobras - 2

Para preservar a saúde da Petrobras - sem preservar a saúde financeira dos consumidores - o governo vai aumentar o preço dos combustíveis, que já é dos maiores do mundo. Há outra solução mais inteligente e lógica: baixar os impostos, que já são maiores do que 50% do preço pago nos postos.

Mário A. Dente, Capital

Contra a derrama

Quero parabenizar o Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano e toda sua diretoria por ter conseguido liminar na Justiça contra a mordida do Leão nos rendimentos referentes à Participação nos Lucros e Resultados, dos funcionários da General Motors de São Caetano. Sim, é preciso comemorar, pois vivemos num País com o sistema tributário mais voraz do planeta, onde o governo devora uma das proporções mais altas da riqueza da Nação que já se viu. No passado o povo sofria com a derrama e hoje não é diferente, pois apenas mudou de nome. Se ao menos o dinheiro arrecadado gerasse benefícios para os contribuintes! Mas não, convivemos com Educação, Saúde, Segurança e outros serviços públicos de baixa qualidade. Está na hora de o povo acordar e repetir o movimento dos nossos antepassados, que se rebelaram contra a alta taxa de impostos.

Roberto Canavezzi, São Caetano

Abandono

Existe um carro abandonado, Monza marrom, placa BSU-4678, de São Caetano, há mais de um ano na Rua Padre Mororo, altura do número 505. O veículo, infestado de ratazanas, está dando medo às pessoas que moram nessa rua. Já fiz denúncia no Semob no Atende Fácil e nada de ser resolvido. Espero que após essa denúncia a Prefeitura acorde e tire o carro urgentemente desse lugar.

Fernando Zucatelli, São Caetano

Memória curta

As críticas de Alex Manente sobre a demora nas obras do projeto São Bernardo Moderna dão nítida impressão de que ele ainda aposta na memória curta da população. Acredito ser oportuno indagá-lo sobre o tempo que a administração de seu atual parceiro político Willian Dib ficou patinando na duplicação da Estrada Galvão Bueno, da Avenida Pery Ronchetti e do viaduto sobre a Lauro Gomes. Sem comentar as obras de acesso ao Viaduto Moyses Cheid, Km 22,5 da Via Anchieta, que, inclusive, virou chacota, como a obra que levava nada a lugar nenhum. Em parte desse tempo Otavio Manente foi responsável pela Secretaria de Obras. Houve alguns prédios particulares em que a construção foi bem rápida e não sei por que foi embargada temporariamente. Estão nas avenidas Prestes Maia, Armando Italo Setti e Rua Silva Jardim. Acredito que contaram errado o número de apartamentos.

Marcelo Sarti, São Bernardo 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;