A Anistia Internacional (AI) lançou uma campanha mundial contra o uso da tortura nesta quarta-feira. A açao irá durar cerca de um ano e dois meses. O Brasil apareceu no relatório com denúncias de tortura feitas por policiais contra menores para obter confissao. Segundo a Anistia, o tratamento dispensado aos menores infratores do país prejudicam a saúde dos mesmos.

A campanha acontece alguns meses depois do grupo de direitos humanos completar um estudo de três anos sobre tortura mundial.

O relatório diz ainda que a prática agressiva é usada em 150 países, apesar de ser considerada ilegal pelas normas internacionais. Segundo Juli Morizawa, secretária-geral do braço japonês da AI, 119 naçoes ratificaram o tratado que bane a tortura.

Pessoas morreram em conseqüência desta prática em 80 países, e há indícios de que a tortura tenha sido usada contra crianças em 50 naçoes, disse Morizawa. ``Entre os que têm mais chances de ser torturados estao aqueles que estao sob custódia policial e prisioneiros', acrescentou.

A Anistia informa que as minorias étnicas ou raciais, mulheres, crianças e homossexuais, sao os grupos mais atingidos pela tortura.

Com relaçao às crianças, por exemplo, desde 1997 sao registrados casos de tortura por parte de agentes dos poderes públicos em cerca de 50 países.

A AI, presente em vários países, tentará convencer os governos de todo o mundo a transformar suas naçoes em ``zonas livres de tortura', informaram oficiais do grupo.

Para divulgar a campanha, voluntários ``lacrarao' prédios de várias cidades do mundo com uma fita preta e amarela onde se lê ``TFZ', ou zona livre de tortura.

``Entre os violadores dos direitos humanos estao governos democráticos e repressores, os ricos e os menos desenvolvidos', disse o grupo, em um comunicado.