Barbalho classificou a declaração de que o senador teria violado o sistema de votação — conforme conversa entre ACM e procuradores da República publicada pela revista IstoÉ — como gravíssima e que precisa ser apurada. “Isso demonstra uma profunda leviandade. Não se pode admitir que ocorra em uma Câmara da mais longe cidade no interior, quanto mais na principal Casa do país a violação e até manipulação de votos. É mais do que decoro parlamentar.”, disse, em entrevista à rádio CBN.

Barbalho determinou ainda o envio da reportagem da revista à Corregedoria do Senado e anunciou a instauração de um processo administrativo disciplinar contra o ex-secretário de Comunicação do Senado, Fernando Cesar Mesquita, para apurar as denúncias de que ele teria vazado documentos bancários sigilosos referentes a Luiz Estevão.

O presidente do Senado afirmou que aguardará a manifestação das lideranças dos partidos para encaminhar a questão para a Comissão de Ética. Ele também não descartou a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o caso. "Se houver o número constitucional para a abertura da CPI, eu não tenho dúvidas de que ela será instalada".

Nesta quinta-feira, a revista IstoÉ publicou gravações de um encontro entre ACM e os procuradores da República Luiz Francisco de Souza, Guilherme Schelb e Eliana Torelli de Carvalho em que o senador teria afirmado que teve acesso à lista de votação da cassação do mandato do ex-senador Luiz Estevão (PMDB-DF), que foi secreta.

O senador teria dito, inclusive, que a senadora Heloísa Helena (PT-AL), na época líder da bancada oposicionista, teria votado contra a cassação do mandato de Estevão.