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Presidente da UA pede o ‘fim das matanças’ no Sudão
Por Da AFP
29/01/2007 | 11:03
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O presidente da Comissão da UA (União Africana), Alpha Oumar Konareh, exigiu o fim das matanças e dos bombardeios em Dafur, Sudão. O dirigente se pronunciou na abertura da oitava reunião de cúpula da entidade em Adis Abeba.

A exigência de Konareh foi retomada pelo secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, que, diante de mais de 20 chefes de Estado do continente, pediu a "construção de um consenso para o envio urgente de uma força ONU-UA" a Darfur, uma região do oeste do Sudão em guerra civil desde 2003.

No fim de dezembro, o Sudão aceitou que a ONU fornecesse ajuda técnica e material à Missão de Paz da UA em Darfur, mal equipada e sub financiada, mas, apesar das pressões internacionais, rejeitou o envio de capacetes azuis.

Desde o início da guerra civil entre movimentos rebeldes contra milicianos Janjaweed, apoiados pelo Exército sudanês, mais de 200 mil pessoas morreram e dois milhões foram deslocadas em Darfur.

Numerosas organizações humanitárias e parte da comunidade internacional acusam Cartum de agravar a crise e pedem que a UA não dê ao Sudão a presidência rotativa da organização. A questão da presidência da UA está no centro das conversações prévias e acredita-se que já exista uma idéia sobre o sucessor do presidente congolês Denis Sassou N'Guesso.

"Houve avanços nos últimos meses em Darfur. Um acordo está em gestação entre a UA, a UNU e o Sudão. Trata-se de aplicá-lo rapidamente e de respeitá-lo", disse o presidente da comissão, antes de acrescentar que "a paz no Sudão é a em Chade e na República Centro Africana".

Sobre a Somália, outro tema do continente, Konareh advertiu que o país imergirá no caos se as tropas africanas não forem enviadas rapidamente ao país. "Alegra-me que as tropas etíopes tenham começado a partir da Somália. Mas se as tropas africanas não forem instaladas rapidamente, será o caos", advertiu.

Ban também considerou muito importante que a comunidade internacional insista na reconciliação nacional. A Somália está em guerra civil desde 1991, mas a situação mudou radicalmente desde o início de 2007, com a derrota dos rebeldes islâmicos diante da ofensiva das tropas etíopes e governamentais somalis.

Em 19 de janeiro, a UA decidiu enviar um contingente de 7.650 homens ao país. Mas segundo Konareh, atualmente, apenas quatro mil soldados estão prontos para ser enviados à Somália.



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