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Pauliceia. A última missa na capela da Record. Paulo Machado de Carvalho presente.
Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
12/10/2021 | 05:36
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Na manhã deste dia 12 de outubro consagrado à padroeira do Brasil, dom Pedro Carlos Cipollini, bispo diocesano do Grande ABC, ao celebrar missa às 10h30, no Santuário Nossa Senhora Aparecida, no bairro Pauliceia, em São Bernardo, por certo ouvirá de antigos a história da Capelinha da Record.

Uma história que começa em 8 de setembro de 1946, quando da inauguração da capela erigida por Paulo Machado de Carvalho, ao lado dos transmissores da sua Rádio Record, no km 15 da Via Anchieta.

Católico fervoroso, Dr. Paulo visitou algumas vezes a sua capelinha, de onde, todos os domingos, a PRB-9 irradiava uma missa, descrita pelo comendador Siqueira.

O derradeiro registro da visita de Paulo Machado de Carvalho ao bairro foi quando da celebração da última missa na capela original, em 18 de julho de 1976. Naquele domingo, em procissão, o andor com a imagem de Nossa Senhora foi transportado até a nova capela, em ponto mais elevado do bairro, onde a Prefeitura de São Bernardo construiu uma réplica da capelinha, que está ali até hoje, ao lado do santuário, onde dom Pedro celebrará a missa de hoje.
A área onde ficava a capelinha da Record foi cortada pela Avenida 31 de março e uma parte maior serve ao estacionamento dos veículos produzidos pela Mercedes-Benz.

NOTAS

 Paulo Machado de Carvalho (São Paulo, 1901-1992), nome do Estádio do Pacaembu, foi o Marechal da Vitória nas conquistas brasileiras das Copas do Mundo de 1958 (Suécia) e 1962 (Chile).

Conta-se que no jogo final da Copa de 58, o Brasil teve que jogar com outra camisa, e não a amarela, canarinho, cor utilizada pelo adversário, a Suécia, dona da casa. Jogaria de azul. “Mau agouro”, disse alguém. Coube a Paulo Machado de Carvalho levantar a moral dos jogadores:

– Vocês vão jogar com a camisa que tem a cor do manto de Nossa Senhora. Vão lá e ganhem o jogo para a Nação brasileira. E o Brasil tornou-se campeão mundial pela primeira vez, revelando ao mundo o Rei Pelé.

 A capelinha da Record tornou-se nacionalmente conhecida graças às missas dominicais irradiadas. Romeiros de todas as partes se dirigiam a então Vila Pauliceia.

Conta o pesquisador Luiz Romano, de São Caetano, que muitas vezes assistiu às missas na capelinha. Vinha de caminhão, com outros moradores, sentado nos bancos improvisados sobre a carroceria. 




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