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Acusados de carbonizar família em São Bernardo vão a júri popular em fevereiro de 2022

Justiça marcou a data hoje, para o dia 21; julgamento inclui a filha do casal Anaflávia e a companheira dela, Carina

Bia Moço
Do Diário do Grande ABC
30/07/2021 | 19:00
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Divulgação


Os cinco acusados pelo MP (Ministério Público) pelas mortes do casal Flaviana Meneses Gonçalves, 40 anos, e Romuyuki Veras, 43, além do filho menor deles, Juan Victor Meneses Gonçalves, 15, tiveram o julgamento marcado para o dia 21 de fevereiro de 2022, às 13h30, no Fórum de Santo André. O júri popular da primogênita do casal, Anaflávia Gonçalves, 24, e a companheira dela, Carina Ramos, 31, além de Juliano Oliveira, 22, Jonathan Fagundes, 23 – primos de Carina –, e Guilherme Ramos, 19, foi agendado hoje, depois que os réus não entraram com recurso contra a sentença proferida em maio pelo juiz Lucas Tambor Bueno, do Fórum do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), no município andreense.

As vítimas foram encontradas carbonizadas no porta-malas do carro da família, um Jeep Compass, na Estrada do Montanhão, em São Bernardo, no dia 28 de janeiro do ano passado. Segundo a acusação, a filha do casal e sua companheira arquitetaram o crime para herdar os bens da família. O caso chocou o Brasil, já que a investigação chegou à conclusão de que o casal e o filho, diferentemente do que se ventilou no início do caso, foi ameaçado com arma de fogo para que entregassem pertences e a senha do cofre, além de terem sido drogados e mortos ainda dentro de casa, a pauladas e sufocados, e só depois foram levados para a estrada, quando os cinco envolvidos optaram por queimar os corpos no intuito de que provas fossem descartadas.

Segundo o advogado Epaminondas Gomes de Farias, assistente de acusação contratado pela família das vítimas, no segundo semestre de 2020 os réus participaram de três audiências de instrução, todas on-line, minimizando a situação. A reportagem apurou ainda que cada um dos acusados apresenta uma linha de defesa distinta, mas, de maneira geral, todos negam participação no assassinato. Mesmo assim, a acusação do MP incrimina os cinco réus pelos homicídios, ocultação de cadáveres e roubo patrimonial, o que renderá aos cinco envolvidos pena máxima, que pode chegar a 30 anos de cadeia.

Em maio, o Diário ouviu o primo de Flaviana, Diogo Reis, 31, que afirmou que a decisão de júri popular trazia conforto para a família, sobretudo porque acreditam que "será um júri crítico". Na ocasião, a equipe de reportagem conversou com os advogados de defesa de Anaflávia e Carina, Sebastião Siqueira Santos Filho e Lucas Domingos, além da advogada de Juliano e Jonathan, Alessandra Jirardi, que confirmaram que não entrariam com ações contra a decisão do juiz, esperando que, no julgamento, possam apresentar "defesas concretas", já que afirmam que o modelo de júri popular também seria interessante para as partes acusadas. O Diário não conseguiu contato com o advogado de defesa de Guilherme Ramos.




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